Editorial - Janeiro de 2021

29 Jan 2021 0 comment
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O ano de 2021 começa desafiador e, não obstante as pausas de fim de ano e as atípicas férias de grande parcela da nossa comunidade, a ANPUH se mantém em combate, por meio da continuidade dos trabalhos das comissões e grupos, especialmente dos temas que convergem ao Simpósio Nacional de História e à Regulamentação da nossa profissão, mas também outros.
Sobre o Simpósio Nacional de História, a coordenação geral, a secretaria e os membros da comissão local se reuniram em janeiro e encaminharam o indicativo de realização do evento em formato virtual, dadas a piora no cenário nacional da pandemia, as incertezas quanto às datas da vacinação em curso e, por consequência, a impossibilidade das instituições de ensino, nomeadamente UERJ e UVA, estabelecerem um calendário de retorno das atividades presenciais. Isso impõe novos caminhos para a organização, mas muito já foi construído, a exemplo do recebimento de 149 Simpósios Temáticos inscritos e de 38 minicursos. O resultado das propostas está previsto para os próximos dias, confiram a partir de 01 de fevereiro pelo endereço https://www.snh2021.anpuh.org.

O grupo que acompanha o processo de Regulamentação da Profissão também se manteve ativo e diligente. Já sabemos que a regulamentação não prevê a formação de conselho de classe, tampouco de exame de admissão, e após os encaminhamentos dados nas últimas tratativas, a expectativa do grupo é que a SETRAB lance, em breve, a abertura do sistema em que as historiadoras e historiadores possam requisitar seus registros profissionais, obedecendo aos critérios que já constavam no projeto de lei, como formação na área (graduação/ou pós-graduação) ou a experiência de mínimo de 5 anos de comprovada atuação, a contar pela data da aprovação da lei.

Também o nosso Fórum de Pós-Graduação produziu importantes avanços no último mês, materializados em notas técnicas sobre ações afirmativas e maternidade, gênero e cuidado. Na primeira nota, o Fórum aprovou oito indicações para os programas da área, como a implantação de políticas de acesso e permanência para pessoas pretas e pardas, indígenas, pessoas trans, pessoas com deficiência, entre outras pessoas em situação de vulnerabilidade; a recomendação da não aplicação de exames de proficiência de línguas não portuguesas nos processos seletivos para ingresso nos programas; indicação de bibliografia que valorize a diversidade, bem como a atenção à acessibilidade das instalações das IES, com atenção especial aos PPGHs, entre outras.

Na segunda nota técnica, o Fórum apresentou propostas com vistas a ampliar o entendimento e reconhecer o impacto da maternidade na trajetória de docentes e discentes na Pós-Graduação; recomendando providências às interfaces dos sistemas e plataforma de avaliação em relação à licença maternidade/paternidade, bem como produção de políticas de compreensão e acolhimento de candidatas mães durante o processo seletivo e no decurso das pesquisas. 

Também precisamos destacar aqui que estão terminando os prazos de inscrição para o Prêmio Déa Fenelon, que contemplará práticas pedagógicas relacionadas ao ensino da História, desenvolvidas e implementadas por professores/as da Educação Básica associados/as da ANPUH, em Escolas de redes públicas de ensino, no quadriênio 2016-2020. As inscrições se encerram dia 22/02/2021 e, por conta das dificuldades de as recebermos presencialmente, devem ser realizadas pelo nosso e-mail.

A ANPUH adentra 2021 trabalhando para avançar nas diversas agendas com que todos e todas estamos comprometidos/as, em meio às ansiedades e angústias que caracterizam o cenário precário do trabalho, da pesquisa e do ensino em nosso país, agravado pela pandemia e pela tragédia política. Que neste novo ano, enfrentemos esses e outros desafios conectados pelas lutas que nos unem.

Última modificação em %29/%015/%2021