Editorial - Julho de 2020

20 Jul 2020 0 comment
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Sob o risco de banalizarmos a tragédia pela sua permanência, que já dura 4 meses no Brasil, preferimos ser redundantes e iniciar o editorial de julho com os nossos reiterados pêsames. Assim, lamentamos imensamente as mais de 80 mil vidas de brasileiros e brasileiras, ceifadas pela epidemia do novo Coronavírus, bem como as dores causadas pela doença e pela negligência do Estado ao atuar em dissonância com a ciência e o respeito à vida. Além das perdas irreparáveis, a pandemia também deixou marcas no nosso trabalho de organização do XXXI Simpósio Nacional de História, que teve de ser transferido do Ceará ao Rio de Janeiro, conforme exprimimos em informe extra. Mantemos a perspectiva de realizá-lo em julho de 2021, confiantes na superação do estado de coisas. Ainda sobre eventos, reconhecemos e aplaudimos os esforços de todas e todos nas rearticulações dos encontros das seções estaduais, muitos deles a ocorrerem em versões virtuais com programações impecáveis, demonstrando o vigor e a resiliência de historiadores e historiadoras que praticam a ciência e a docência sob a insígnia da esperança. Este espírito também anima a direção da ANPUH-Brasil e em julho iniciamos uma série de lives, intitulada ANPUH em Prosa, às sextas-feiras, com o objetivo de encerrar a semana com conversas prazerosas e qualificadas sobre temas da historiografia e da nossa profissão. Na esteira do ANPUH em Prosa, outras atividades ao vivo também estão sendo projetadas e implementadas, a exemplo do ANPUH de Norte a Sul, em que a presidente Márcia Motta conversa com diretores/as das seções estaduais da ANPUH, e o Revista em Debate, espaço em que editores/as de revistas discutem temas pertinentes aos desafios do campo editorial e historiográfico. Lançamos também a possibilidade de hospedar os debates, nos nossos canais, aos GT’s e seções estaduais, em um novo manual de políticas de mídias, que pode ser acessado em https://anpuh.org.br/index.php/2015-01-20-00-01-55/politicas-de-midia. Essa é a nossa forma de aproximar e conectar pessoas em tempos de isolamento, tempos inequivocamente difíceis. Ainda não temos a vacina contra o Coronavírus, apesar de confiar na ciência e aguardar ansiosamente por ela, mas temos buscado agir como "vacina" contra o negacionismo e o anti-cientificismo, com novas formas de estarmos em combate pela História.