Chamada para submissão de artigos: Memórias em disputa: manifestações no espaço público

2022-08-15

Chamada para submissão de artigos: Memórias em disputa: manifestações no espaço público

 Prazo para envio: 31 de dezembro de 2022

 

Convocatória de articulos: Memorias en disputa: manifestaciones en el espacio público

 Fecha límite para el envío: 31 de diciembre de 2022

 

Call for articles: Disputed memories: demonstrations in public space

Deadline for submission: december 31, 2022

 

Editores de seção: Claudia Wasserman (Universidade Federal do Rio Grande do Sul); Diego Eduardo Niemetz (Universidad Nacional de Cuyo, Argentina); Cintia Regia Rodrigues (Fundação Universidade Regional de Blumenau)

 

O recente empoderamento de populações antes relegadas a viver num espaço padronizado pelos dominadores que impuseram a colonização, escravidão africana, escravidão e servidão indígena, dependência e desigualdade, nos obriga a entender que as demandas das classes populares latino-americanas não estão somente relacionadas com segurança e soberania alimentar, emprego, moradia, educação e saúde, mas também se referem às demandas por reconhecimento de suas culturas, memórias, suas epistemologias e suas histórias. A proposta desse dossiê aborda essa necessidade das classes populares e movimentos sociais e ainda busca visibilizar seus protagonismos. Portanto, o tema do dossiê são as recentes intervenções populares no espaço público, protagonizadas por movimentos sociais organizados ou espontâneos, que visam questionar, contestar, recriar ou ressignificar as memórias oficiais modeladas pelo poder público estatal. Tais manifestações tendem a tencionar a história oficial ao inserir outros discursos, pessoas ou grupos na paisagem memorial cujas identidades sociais encontram-se sub representadas ou excluídas. As manifestações públicas buscaram alterar monumentos ou a paisagem memorial na Argentina, Brasil, Chile, Colômbia e Nicarágua e despertam temáticas que podem ser exemplificadas pelos seguintes pares conceituais: memórias da conquista da América e da colonização europeia X memórias dos grupos e etnias submetidos à escravidão, genocídio ou etnocídio; Estado democrático de direito X Estado autoritário; demarcações de lugares relativos às graves violações de direitos humanos X apagamentos dessas memórias; história colonial X decolonialidade. O dossiê prevê contribuições sobre memórias vinculadas com processos de genocídio, etnocídio, escravidão, entre outras atrocidades cometidas contra os direitos humanos. Também prevê contribuições sobre o recente empoderamento de populações subalternizadas e suas manifestações em lugares de memória que sugerem memórias em disputa e podem ser vistos como sintoma da insatisfação popular com o espaço público, representando novos saberes que ultrapassam as fronteiras hegemônicas epistemológicas. Em termos práticos os artigos podem tratar de casos caracterizando os locais da intervenção, o contexto político da manifestação e suas repercussões. Recuperar as memórias de processos genocidas na forma de relatos pessoais, testemunhos, representações literárias podem ser forma de combater o perigo do negacionismo que ameaça vítimas e procura, por diversos meios, minimizar, justificar, relativizar e, em formulações mais extremas, negar de plano o acontecido. Este modo de monumentalização das lembranças, de algum modo fundado pela experiencia da Shoá, pode aplicar-se a outras circunstâncias históricas nas quais a representação estética em geral e literária em particular, funciona como um monumento que, por momentos, reforça as representações já consensuadas, mas também disputa os modos de representar os episódios até, no limite, produzir mudanças paradigmáticas. Em termos teóricos podem ser mobilizadas reflexões em torno dos lugares de memória e dos sítios de consciência, das memórias em disputa, do patrimônio cultural, história pública, políticas de reparação e identidades sociais. Artigos sobre ensino de história e patrimônio serão bem-vindos.

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El reciente empoderamiento de poblaciones antes relegadas a vivir bajo el patronazgo de los dominadores que impusieron la colonización, la esclavitud de la población africada, la esclavitud y la reducción al servilismo de las poblaciones indígenas, la dependencia y la desigualdad, nos obliga a entender que las demandas de las clases populares latinoamericanas no están solamente relacionadas con la seguridad y la soberanía alimenticia, el empleo, la vivienda, la educación y la salud, si no que también se refieren a las demandas por el reconocimiento de sus culturas, memorias, sus cosmovisiones y sus historias. La propuesta de este dossier aborda esa necesidad de las clases populares y de los movimientos sociales y, aún más, busca visibilizar sus protagonismos. Por lo tanto, el tema del Dossier son las recientes intervenciones populares en el espacio público, protagonizadas por movimientos sociales organizados o espontáneos, que apuntan a cuestionar, discutir, recrear y resignificar las memorias oficiales modeladas por el poder público estatal. Tales manifestaciones tienden a poner en tensión la historia oficial al insertar otros discursos, personas o grupos en el paisaje memorial cuyas identidades sociales se encuentran subrepresentadas o excluidas. Dichas manifestaciones públicas buscaron alterar monumentos o, incluso, el paisaje memorial en países como la Argentina, Brasil, Chile, Colombia y Nicaragua y despertaron temas que pueden ser ejemplificados por los siguientes pares conceptuales: memorias de la conquista de América y de la colonización europea frente a memorias de los grupos y etnias sometidos a esclavitud, genocidio o etnocidio; Estado democrático de derecho frente a Estado autoritario; demarcaciones de lugares relacionados a graves violaciones de derechos humanos frente a silenciamientos de esas memorias; historia colonial frente a historia decolonial. El dossier prevé contribuciones sobre memorias vinculadas con procesos de genocidio, etnocidio, esclavitud entre otras atrocidades cometidas contra los derechos humanos. También prevé contribuciones sobre procesos recientes de empoderamiento de poblaciones subalternas y sus manifestaciones en lugares de memoria que sugieren memorias en disputa y pueden ser vistos como síntoma de insatisfacción popular con el espacio público, representando nuevos saberes, que sobrepasan las fronteras epistemológicas hegemónicas. En términos prácticos los artículos pueden tratar de casos, a partir de la caracterización de los espacios de intervención, el contexto político de la manifestación y sus repercusiones. Recuperar las memorias de procesos genocidas en forma de relatos personales, testimonios, representaciones literarias pueden ser una forma de combatir el peligro del negacionismo que amenaza a las víctimas y procura, por diversos medios, minimizar, justificar, relativizar y, en formulaciones extremas, negar de plano lo acontecido. Este modo de monumentalización de la memoria, en cierto modo fundado a partir de la experiencia de la Shoá, puede aplicarse a otras circunstancias históricas en las cuales la representación estética en general, y literaria en particular, funciona como un monumento que, por momentos, refuerza las representaciones ya consensuadas, aunque también disputa los modos de representar los episodios, llegando incluso al límite de producir cambios paradigmáticos. En términos teóricos, pueden ser movilizadas reflexiones en torno de los lugares de la memoria y de los sitios de conciencia, de las memorias en disputa, del patrimonio cultural, historia pública, políticas de reparación e identidades sociales. Artículos sobre pedagogía de la historia y patrimonio serán bienvenidos.

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The recent empowerment of populations previously relegated to living under the patronage of the dominators who imposed colonization, slavery of the Africanized population, slavery and the reduction to servility of indigenous populations, dependency and inequality, forces us to understand that the demands of the Latin American popular classes are not only related to food security, employment, housing, education and health; but also refer to the demands for the recognition of their cultures, memories, their worldviews and their own stories. The proposal of this dossier addresses that need of the popular classes and social movements and, even more, seeks to make their leading roles visible. Therefore, the dossier´s main subject is the recent popular interventions in the public space, carried out by organized or spontaneous social movements, which aim to question, discuss, recreate and redefine the official memories modeled by the state. Such manifestations tend to put official history in tension by inserting other discourses, people or groups in the memorial landscape whose social identities are underrepresented or, even, excluded. These public demonstrations tried to alter monuments or even the memorial landscape in countries such as Argentina, Brazil, Chile, Colombia and Nicaragua and raised issues that can be exemplified by the following oppositional pairs: memories of the conquest of America and European colonization facing memories of groups and ethnic groups held to slavery, genocide or ethnocide; Democratic rule of law versus authoritarian state; demarcation of places related to serious human rights violations against the silencing of those memories; colonial history versus decolonial history.

The dossier anticipates contributions on memories linked to processes of genocide, ethnocide, slavery, among other atrocities committed against human rights. It also foresees contributions on recent processes of empowerment of subordinate populations and their manifestations in places of memory, that suggest disputed memories and can be seen as a symptom of popular dissatisfaction with public space, representing new knowledge that exceeds hegemonic epistemological borders. In practical terms, the articles can deal with cases, based on the characterization of disputed spaces, the political context of the demonstration and its repercussions. Recovering the memories of genocidal processes in the form of personal stories, testimonies, literary representations can be a way to combat the danger of denialism that threatens the victims and seeks, through various paths, to minimize, justify, relativize and, in extreme formulations, deny plainly what happened. This way of monumentalizing memory, in a certain way founded on the experience of the Shoah, can be applied to other historical circumstances in which aesthetic representation in general, and literary representation in particular, functions as a monument that, at times, reinforces the representations already agreed. Although, it also disputes the ways of representing the episodes, even reaching the limit of producing paradigmatic changes. In theoretical terms, reflections can be mobilized around places of memory and sites of conscience, memories in dispute, cultural heritage, public history, reparation policies and social identities. Articles on pedagogy of history and heritage will be welcome.