Prezados (as) associados (as) e colegas,

No último Informativo de 2013 não poderíamos deixar de fazer breve balanço das atividades da ANPUH nos primeiros seis meses da nossa gestão. Nesse período dedicamo-nos, sobretudo, a fazer uma transição segura e tranqüila, para evitar que as atividades principais da entidade sofressem solução de continuidade. Assim, trabalhamos para garantir o encerramento adequado das atividades do Simpósio de Natal, para operar a mudança de registros em cartório e no banco e para manter a periodicidade das revistas.

Porém, o tema que mais nos ocupou foi o debate sobre a regulamentação profissional, uma bandeira herdada das gestões anteriores e que nos comprometemos a levar adiante até a conquista. Quando assumimos a ANPUH, estava em formação uma grande celeuma em torno da proposta de lei, com alguns críticos, exageradamente, atribuindo intenções sinistras e atitudes autoritárias aos que defendiam a regulamentação profissional. Embora as suspeitas não tenham fundamento, algumas pessoas e entidades acreditaram que a aprovação da lei traria limitações à liberdade de pesquisa e expressão, obrigando-nos a um grande esforço de esclarecimento. A campanha contrária teve o efeito de paralisar a tramitação parlamentar, levando-nos a negociar alterações no projeto original que, a nosso juízo, contribuíram para aperfeiçoar a proposta. Fizemos acordo com algumas das entidades inicialmente refratárias, como a SBHC e a SBHE, mas não conseguimos demover a SBPC de sua posição contrária à lei, apesar de nossa posição transigente e aberta ao diálogo. Difícil entender a atitude da SBPC que critica a "lei dos historiadores", mas, não questiona a regulamentação de várias outras profissões, inclusive algumas a que pertencem os dirigentes da entidade.

De qualquer modo, as negociações tiveram o efeito de quebrar o ceticismo de alguns parlamentares mais envolvidos com o tema, sobretudo o relator do projeto na Câmara, que se comprometeu a encaminhá-lo à votação incorporando as sugestões da ANPUH, SBHC e SBHE. Desenhamos uma estratégia correta e ela começou a render bons frutos, porém, no mesmo momento, a Câmara dos Deputados foi acometida de virtual paralisia, principalmente devido às polêmicas provocadas pela votação de emendas constitucionais. Nas últimas semanas os deputados quase nada votaram, e com isso perdeu-se a chance de aprovação do nosso projeto em 2013. Diante desse quadro nada podemos fazer, exceto ter paciência e manter a esperança acesa. Mais importante, devemos possuir a tenacidade dos que buscam realmente seus objetivos e, em 2014, voltaremos à arena parlamentar com todo entusiasmo, cobrando a votação do projeto de lei. Para termos chances de sucesso, continuaremos contando com o apoio e a mobilização de todos os nossos associados, amigos e colegas.

No entanto, como temos afirmado em outros textos, a ANPUH tem outras questões importantes a encaminhar, e no próximo ano vamos nos dedicar a elas também. Um dos temas é a situação do ensino de História na educação básica, que vem sendo objeto de propostas de reformulação provenientes do poder executivo – alguns governos estaduais, sobretudo – e também do legislativo federal. O quadro não está claro, já que em certos casos se trata de propostas em formulação. Mesmo assim, pensamos que a ANPUH deve discutir o assunto, para estabelecer a posição da entidade e influir no rumo dos debates sobre o ensino básico. Nesse sentido, vamos organizar uma conferência no início de 2014, reunindo colegas que estão na "linha de frente" nesse campo.

Outro tema que vamos discutir no próximo ano é a ética na pesquisa histórica, assunto que está na pauta da ANPUH há algum tempo. Com a criação da Comissão Nacional de Ética em Pesquisa (CONEP) a questão tornou-se mais urgente, posto que esse órgão pretende estabelecer padrões éticos para todas as ciências. Além de definir o ponto de vista dos historiadores frente à CONEP, interessa refletir sobre o tema de maneira mais ampla, independentemente da pauta das agências oficiais. Por isso, a ANPUH vai organizar um debate sobre a ética e o historiador em 2014, com vistas a oferecer aos pesquisadores da nossa área algumas sugestões de procedimento.

Finalmente, gostaríamos de lembrar que em 2014 serão realizados os Encontros Estaduais da ANPUH, eventos fundamentais do nosso calendário e que configuram espaço privilegiado para apresentação de pesquisas e debate da produção historiográfica. Incentivamos todos (as) a se inscreverem nos Encontros, de modo a consolidarmos ainda mais nossos espaços comuns de discussão e, também, de socialização. Os Encontros vão ser realizados em datas variadas, a critério da respectiva Diretoria Estadual, sendo que os primeiros vão ocorrer no fim de julho e os últimos em outubro/novembro. Divulgamos neste boletim as informações sobre os Encontros que já contam com sítios na internet, mas os outros serão registrados na homepage da ANPUH assim que estejam disponíveis.

Informamos ainda que, em reunião da Diretoria com as Seções Estaduais, foi aprovada a proposta da UFSC e da UDESC para sediar o próximo Simpósio Nacional na cidade de Florianópolis, em julho de 2015. Também decidiu-se criar uma comissão assessora (composição abaixo) que tem por finalidade analisar a dinâmica dos Simpósios e apresentar um conjunto de sugestões a serem analisadas pelas Diretorias nacionais e estaduais. O objetivo é planejar estratégias e propostas que serão devidamente avaliadas pelas instâncias competentes da ANPUH.

Composição:

Antonio Luigi Negro (UFBA)
Cláudia Viscardi (UFJF)
Hebe Mattos (UFF)
Janine Gomes da Silva (UFSC)
Laura de Mello e Souza (USP)
Marta Margarida de Andrade Lima (UFRPE)
Rodrigo Patto Sá Motta (UFMG)
Tania Regina de Luca (UNESP)

Saudações e Boas Festas, a Diretoria da ANPUH-BR

ANÁLISE DA AVALIAÇÃO TRIENAL DA PÓS-GRADUAÇÃO

A CAPES publicou, no último dia 10 de dezembro, a avaliação dos Programas de Pós-graduação referente ao triênio 2010-2012.

Na área de história, foram avaliados 63 programas, sendo 27 programas que tem apenas mestrado, 34 programas com mestrado e doutorado e 2 mestrados profissionais.

Em relação aos programas acadêmicos, dez subiram de nota 3 para 4; seis subiram de nota 4 para 5; e um subiu de nota 5 para 6. Por outro lado, cinco programas tiveram o conceito rebaixado de 5 para 4; um de 6 para 5; e um de 7 para 6. Houve ainda um programa de mestrado descredenciado.

Com o resultado da avaliação, a área de história está assim constituída: a) dos programas acadêmicos, vinte permanecem com nota 3; vinte e três tem nota 4; onze tem nota 5; quatro tem nota 6 e dois nota 7; b) dos programas de mestrados profissionais, apenas dois foram avaliados e mantiveram suas notas.

Alguns programas novos não foram avaliados, sobretudo os mestrados profissionais. Nesta modalidade a área tem sete mestrados com nota 3, um com nota 4 e um com nota 5.

Somando os acadêmicos com os profissionais, são ao todo 69 programas, que estão assim distribuídos regionalmente: Sudeste (28); Sul (16); Nordeste (16); Centro-Oeste (7); e Norte (2).

Uma primeira constatação é que com esta avaliação a área conseguiu melhor equacionar o centro da pirâmide, ou seja, metade dos programas estão com notas 4 e 5. Mas ainda há uma base grande de programas com nota 3, na sua maioria, criados a partir de 2007. Isso demonstra que a área ainda está em fase de expansão e deve continuar assim pelos próximos dois triênios.

Uma segunda constatação é que a área praticamente manteve o número de programas com nota máxima, ou seja, aqueles com notas 6 e 7. No triênio passado eram 6 programas, o mesmo número da atual avaliação e, portanto, um pouco abaixo do percentual recomendado pela CAPES. Essa constatação sugere que a área de história faça um debate mais intenso sobre a internacionalização dos programas e sobre os critérios para a definição do perfil exigido para se atingir as notas máximas.

Uma terceira e importante constatação é que a área está migrando a sua forma de divulgar o conhecimento científico. O livro ainda é um equipamento importante de divulgação, mas são as revistas científicas que tem, cada vez mais, sido utilizadas pelos alunos e professores dos programas para publicar seus resultados de pesquisa. Essa migração sinaliza dois pontos: 1) o processo de avaliação das revistas está melhor definido. Enquanto o Qualis Periódicos está praticamente consolidado, o chamado Qualis Livros ainda precisa ser mais discutido e aprimorado; 2) com as revistas online, a divulgação do conhecimento circula mais amplamente, trazendo um feed-back mais rápido ao autor do que os livros. No entanto, isso não significa desmerecer a importância dos livros – sobretudo os autorais –, pois eles são instrumento fundamental para a produção e a divulgação do conhecimento histórico. Trata-se de melhorar os procedimentos de avaliação dos livros produzidos pela área.

No próximo Fórum de Coordenadores, será possível fazer uma avaliação mais profunda desse processo, bem como apontar os caminhos que devemos seguir e as estratégias que devemos adotar para a continuidade do fortalecimento da área de história.

PRESIDENTE:
Rodrigo Patto Sá Motta (UFMG)

VICE-PRESIDENTE:
Tania Regina de Luca (UNESP-Assis)

SECRETÁRIO GERAL:
Angelo Aparecido Priori (UEM)

1º SECRETÁRIA:
Gabriela Pellegrino Soares (USP)

2º SECRETÁRIA:
Marta Margarida de Andrade Lima (UFRPE)

1º TESOUREIRA:
Marluza Marques Harres (UNISINOS)

2º TESOUREIRA:
Dulce Oliveira Amarante dos Santos (UFG)

EDITOR DA REVISTA BRASILEIRA DE HISTÓRIA:
Alexandre Fortes (UFRRJ)

TESE DE HISTÓRIA GANHA PRÊMIO DARCY RIBEIRO
Aldair Carlos Rodrigues ganhou o Prêmio Capes de Tese da Área de História. Com uma tese sobre o poder eclesiástico e a inquisição no século XVIII, orientada por Laura de Mello e Souza, da História Social da USP, ele conquistou o Grande Prêmio Darcy Ribeiro que abrange todas as teses de Ciências Humanas, Linguística, Letras e Artes, Ciências Sociais Aplicadas e Multidisciplinar. A Área de História parabeniza o Aldair, a Laura e o PPG História Social da USP muitíssimo!
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MOÇÃO DE REIVINDICAÇÃO DE INFRAESTRUTURA PARA O PROVIMENTO E DESENVOLVIMENTO DE ATIVIDADES DE ENSINO, PESQUISA E EXTENSÃO NO ÂMBITO DO CURSO DE HISTÓRIA DA UNIFAP
À 02 de dezembro de 2013, realizou-se a abertura da IX Semana de História da Universidade Federal do Amapá, na cidade de Macapá, Amapá, reunindo professores, discentes, historiadores e demais pesquisadores participantes do evento, que se estendeu até o dia 06 de dezembro do mesmo ano. Na ocasião, os participantes relataram a falta de um Centro de Pesquisa estruturado, que viabilize a prática da investigação histórica, envolvendo o tratamento, a compilação e a análise de diversos tipos de documentos...
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CARTA ABERTA DA ABHR
A Associação Brasileira de História das Religiões – ABHR – recusa determinadas posturas assumidas pela "Igreja Bola de Neve" diante do livro de Eduardo Meinberg de Albuquerque Maranhão Filho, "A grande onda vai te pegar, espetáculo e ciberespaço na Bola de Neve Church". No dia 30 de outubro de 2013, durante os trabalhos do I Simpósio Internacional / I Simpósio Regional Sul da ABHR na Universidade de São Paulo, aconteceu uma sessão de lançamentos de livros. Como é comum acontecerem eventos acadêmicos, nesses momentos os pesquisadores falam de seus trabalhos para seus pares. Por seu lado, o colega Eduardo Meinberg informou a todos que um advogado da Igreja Bola de Neve o procurara instantes antes tentando dissuadi-lo de lançar seu livro. Essa obra é desdobramento de sua dissertação de mestrado em História na Universidade do Estado de Santa Catarina – UDESC. Esse ocorrido está relatado na carta que o autor enviou à ABHR e a outras associações científicas...
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CONVENÇÃO DE ITU
A Coleção de jornais da Biblioteca do Museu Republicano "Convenção de Itu" (MRCI/MP-USP) abrange periódicos da segunda metade do século XIX até a década de 1930. Formam um conjunto de 11 títulos selecionados do acervo de periódicos, contendo informações sobre o cotidiano da cidade de Itu e região.
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"CIN/EDUC/AÇÃO"
"No último dia 25/10 foi realizado, nas dependências da UNESP/Campus de São José do Rio Preto, o lançamento de um site intitulado "cin/educ/ação". Tal site tem o objetivo expresso de promover reflexões acerca das interfaces entre cinema e educação - especialmente no que concerne às práticas e métodos de ensino de História e Geografia. A idéia central é a de construirmos esforços conjuntos no sentido de repensar a formação docente, os processos formativos, o papel das novas tecnologias na educação e as possibilidades de atuação para profissionais das áreas de História e Geografia. O projeto e a equipe, videos, resenhas, links interessantes e outras informações encontram-se à disposição dos internautas interessados na proposta.
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MEDIEVAL: GUIA ELETRÔNICO DE HISTÓRIA MEDIEVAL
Medieval propõe-se a ser um indexador de material didático e bibliográfico sobre História Medieval disponível na web. O material a ser indexado consistirá em vídeo-aulas, transcrições de aulas, livros online, manuscritos digitalizados, artigos de acesso livre e restrito e catálogos de bibliotecas, além de textos de apoio que acompanharão os conteúdos disponibilizados no site.
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RESULTADO DA COLEÇÃO ANPUH-RS EDITAL 2012-2014
A Comissão Editorial da Coleção ANPUH-RS Edital 2012-2014, composta pelos professores Drª. Maria Cristina dos Santos (PPGH/PUCRS), Dr. Cláudio Pereira Elmir (PPGH/UNISINOS) e a Drª. Helen Osório (PPGH/UFRGS), se reuniu na data de 22/10/2013 para deliberar sobre a premiação da Coleção ANPUH-RS Edital 2012-2014.
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SITE DO GRUPO DE PESQUISA CULTURA E EDUCAÇÃO NA AMÉRICA PORTUGUESA
Nele o pesquisador encontrará informações sobre as atividades do grupo, sobre seus participantes e suas produções, notícias sobre eventos gerais e sobre os eventos desenvolvidos pelo grupo (Colóquio Cultura e Educação na América Portuguesa). Além disso, terá acesso a um Banco de Dados que reúne informações sobre documentos para a história da cultura e educação na América Portuguesa e em Portugal, entre os séculos XVIII e XIX, pertencentes a arquivos brasileiros e portugueses. Por meio desse Banco de Dados é possível realizar pesquisas preliminares sobre os temas relacionados..
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GT MUNDOS DO TRABALHO
O grupo de trabalho está com novo site.
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VISITAS GUIADAS AO MEMORIAL DA ALMG
O Memorial da Assembleia Legislativa de Minas Gerais (ALMG), inaugurado na última quinta-feira (28/11/13), já está aberto à visitação pública. O espaço funcionará de terça a sexta, das 9 às 18 horas; e, aos sábados, domingos e feriados, das 10 às 16 horas. As visitas orientadas de grupos de estudantes, que são realizadas pela Escola do Legislativo, a partir desta semana já incluem o Memorial no roteiro.
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NOVO SITE DA ANPUH AMAPÁ
Acessem e confiram.
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MOÇÃO EM DEFESA DA LIBERDADE ÀS BIOGRAFIAS
No momento em que a Justiça brasileira discute o estatuto legal das biografias e que um amplo debate sobre a liberdade de pesquisa e de divulgação se estabelece no País, nós - historiadores, escritores, intelectuais e acadêmicos - vimos a público para expressar nosso apoio aos seguintes princípios.
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MOWBRASIL APROVA OITO NOVAS CANDIDATURAS
Em reunião ocorrida nos dias 27 e 28/11 no Arquivo Nacional, no Rio de Janeiro, o Comitê Nacional do Brasil do Programa Memória do Mundo da UNESCO – MOWBrasil aprovou 8 (oito) das 17 (dezessete) candidaturas ao edital MOWBrasil 2013 para serem inscritas no Registro Nacional do Programa....
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RESISTIR É PRECISO
O Ministério da Cultura e o Centro Cultural Banco do Brasil em parceria com o Instituto Vladimir Herzog apresentam a exposição itinerante Resistir é Preciso, que está sendo realizada nas unidades regionais do CCBB. A mostra já esteve em Brasília e atualmente está acontecendo em São Paulo de 12/10/2013 a 06/01/2014, em seguida irá para o Rio de Janeiro e Belo Horizonte.
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REVISTA ÁRTEMIS XVI, 2013
Aos interessados em adquirir ou obter doação para bibliotecas, solicitamos encaminhar...
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