CADERNOS DO TEMPO PRESENTE

Eis mais uma edição da Cadernos do Tempo Presente, a última de 2022. Neste número, apresentamos artigos e resenhas que ajudarão as mais diversas pesquisas na área da história. A primeira contribuição é de Andreza Maynard e Dilton Maynard, que nos proporcionam debates sobre História e Cinema e História e Imprensa. Assim, através do estudo sobre a revista A Cena Muda, os autores analisam como, entre os anos 1921 e 1955, esse periódico se articulou ao mundo do cinema e ao mercado editorial. Em seguida, ainda no campo da História e Cinema, Luciana Renata Santana Diniz e Hamilcar Silveira Dantas Junior buscam estabelecer relações entre as declarações misóginas do ex-presidente Jair Bolsonaro e o cinema nacional por meio do estudo da película República dos Assassinos (1979).

Dando continuidade, Pedro Carvalho Oliveira também traz em seu texto reflexões sobre a extrema-direita e sobre o fascismo. Desta vez, através da música, mais especificamente a fashwave, movimento estético e musical oriundo da música eletrônica. Essas análises sobre História e Música podem ser verificadas também no artigo de Igor Lemos Moreira, que, ao analisar o primeiro álbum solo da cantora e compositora cubana Camila Cabello, artística do movimento pop, tenta observar como esse objeto de estudo está ligado à construção de narrativas e biografias.

No quinto artigo, Cláudia Cristina da Silva Fontineles e Carlos Alberto de Melo Silva Mota nos proporcionam, também a partir da análise de periódicos, um estudo de História Política. Os autores investigam como os jornais da cidade de Teresinha-PI da década de 1970 foram utilizados pelos militares para difundir seus discursos para tentar legitimar a ditadura e seu projeto político. Por fim, Sara Oliveira Farias também analisa a difusão de discursos. Seu objeto de estudo é o Movimento de Educação de Base (MEB), dando destaque a sua prática sindical rural na Bahia ao analisar os relatos orais e a produção de memória, além dos materiais didáticos produzidos pelo movimento. Dessa forma, a autora faz um estudo sobre a luta pelos direitos dos trabalhadores e das trabalhadoras rurais.

Encerrando a edição, temos a contribuição de duas resenhas. A primeira, de Michele Morgane de Melo Mattos, sobre o livro Governo Bolsonaro: neofascismo e autocracia burguesa no Brasil (2020), de autoria de Marcelo Badaró de Mattos. A segunda, de Luiz Alberto Ribeiro Rodrigues sobre a obra Andar às voltas com o belo é andar às voltas com Deus. A relação de Dom Helder com as artes (2018), organizada pelo professor Newton Darwin de Andrade Cabral e pela professora Lucy Pina Neta.

Desejamos a todos e todas uma boa leitura e um ótimo 2023.

As (os) Editoras (es).

Informações adicionais

  • Edição: v. 13 n. 2 (2022): Jul - Dez 2022
  • Instituição: Universidade Federal do Sergipe (UFS)