USOS DA FRONTEIRA: TERRAS, CONTRABANDO E RELAÇÕES SOCIAIS NO TURIAÇU (PARÁ - MARANHÃO, 1790-1852)

O livro trás faces da ocupação na fronteira entre o Pará e o Maranhão, em tempos no qual o limite administrativo delimitado no rio Turiaçu era considerado um lugar afastado do controle dos governos tanto do Pará quanto do Maranhão, e que por esse mesmo motivo findou se tornando um grande atrativo para muitos negros fugitivos, indígenas e homens brancos pobres que ali se estabeleceram, à margem do processo de colonização. O intenso fluxo de pessoas e produtos na região fez com que as inúmeras tentativas de impor a ordem e o domínio nessa fronteira se transformassem em uma luta cujos resultados eram ambíguos. Pois, naquele espaço não é possível delimitar uma única fronteira étnica ou de classes preestabelecidas. Indígenas, desertores, negros fugidos e outros tantos homens e mulheres locais se associavam ou disputavam entre si espaços no desenrolar das lutas sociais e políticas ali travadas. Ora esta população se juntava e se contrapunha ao mundo colonial, ora se aliava ao governo, de forma coletiva ou separadamente, e vivia ao seu redor ou sob a sua proteção.

Informações adicionais

  • Editora: CRV
  • Autor(a): Sueny Diana Oliveira de Souza