SEGUNDAS FEMINISTAS: TRABALHADORAS DOMÉSTICAS: VIOLÊNCIAS, REPRESENTAÇÕES E RESISTÊNCIAS

No episódio de hoje do Segundas Feministas, as protagonistas de nossa conversa são as trabalhadoras domésticas, cuja histórias de vida se cruzam com a história da própria pesquisadora! Nossa convidada, a historiadora Rosana de Jesus (IFNMG), nos falou sobre suas pesquisas com essas sujeitas, que cotidianamente sofreram e ainda sofrem diversas formas de violência físicas e simbólicas, discriminações e desigualdades, mas que nunca deixaram de lutar.

Rosana, neta e filha de trabalhadoras domésticas, abre nosso episódio com um relato de vida cheio de dororidade. No período em que atuou como trabalhadora doméstica, em suas palavras, sofreu "(...) muitas formas de violência: simbólica, exploração, assédio moral, sexual, até ameaça de morte...”.

Ela nos fala também sobre como as interseccionalidades de classe, raça e gênero interferiram e continuam a interferir nos estigmas socioculturais e econômicos de desvalorização de crianças, jovens e mulheres negras, com a reafirmação de um lugar considerado adequado para elas.

Tanto nos processos criminais, quanto na telenovela que ela estudou, "as violências persistem" e são similares. Situações análogas à escravidão, maus tratos, torturas revelam a continuidade da exploração das trabalhadoras domésticas, em sua maioria mulheres negras.

Sua fala emociona e traz visibilidade não somente para sua história de vida, mas para uma sociedade cuja estrutura se sustenta sobre o racismo e sobre premissas patriarcais.

Ouça, curta, divulgue!

https://open.spotify.com/episode/3TT9JFMmayN6ZgcsM8RBLT

https://soundcloud.com/user-422437133/trabalhadoras-domesticas-violencias-representacoes-e-resistencias