Para entender a guerra de Independência do Brasil na região do Prata, é necessário voltar a 1817, quando as tropas de D. João ocuparam Montevidéu e estabeleceram um governo vinculado ao da Corte estabelecida no Rio de Janeiro. Bem como é mister retornar a 1821, quando elementos da sociedade local votaram pela anexação do território que hoje é o Uruguai ao Reino Unido de Portugal, Brasil e Algarves sob o nome de Estado Cisplatino Oriental.
Com a Independência brasileira, a Cisplatina tornou-se palco de conflitos entre os partidários do Império do Brasil e os das Cortes de Lisboa, sendo que esses últimos ocuparam Montevidéu até 1824, tendo sido a cidade platina o último ponto português nas Américas. Uma vez entregue aos brasileiros, D. Pedro foi aclamado na cidade como o primeiro imperador do Brasil. Assim, a área que é hoje o Uruguai, passava a constituir parte do estado imperial, algo que durou até 1828, quando os uruguaios finalmente obtiveram o reconhecimento de sua própria independência.
Para tratar do tema, essa edição da série “200 da independência” receberá o professor Fábio Ferreira da Universidade Federal Fluminense (UFF).
Fábio Ferreira é professor associado da Universidade Federal Fluminense (UFF), instituição pela qual obteve o título de Doutor em História, no ano de 2012, com a tese intitulada "O general Lecor, os Voluntários Reais e os conflitos pela Independência do Brasil na Cisplatina (1822-1824)". Mestre em História Social pelo Programa de Pós-Graduação em História Social da Universidade Federal do Rio de Janeiro, PPGHIS/UFRJ (2007) com a dissertação "O general Lecor e as articulações políticas para a criação da Província Cisplatina: 1820-1822". Possui graduação em História pela Universidade Federal do Rio de Janeiro, UFRJ (2005). Tem experiência na área de História, com ênfase em História Ibero-Americana. Além disso, possui artigos publicados (em revistas, anais de eventos e livros) e apresentação de trabalhos em eventos no Brasil e no exterior.
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