NOTA SOBRE O RETORNO PRESENCIAL DO ENSINO BÁSICO NO CONTEXTO DA COVID-19

O GT Nacional de Ensino de História e Educação da ANPUH vem a público para manifestar sua posição contrária à exposição de professores/as e alunos/as à situação de risco de morte, apoiando as ações de organizações médicas, sanitárias, instituições sindicais e associações contra esta deliberação no contexto de alta contaminação e mortalidade pela Covid-19, conforme aponta levantamento realizado pela Confederação Nacional dos Trabalhadores em Educação (CNTE), a partir de estudos realizados pelo PNAD-C/IBGE, FIOCRUZ e a OMS sobre o risco do aumento da taxa de transmissão com o retorno às aulas.

A pandemia tem sido um desafio para todos nós, brasileiros e brasileiras, a cada dia. Após ter demandado dos professores do Ensino Básico que realizassem ensino remoto sem oferecer-lhes uma infraestrutura adequada, governos estaduais e municipais também têm ensaiado o retorno presencial de suas redes, mesmo em estados em que a doença ainda apresenta números altos e alarmantes. Essa deliberação é irresponsável com a vida humana. Mesmo que uma parte pouco expressiva de alunos possa ser contaminada no contato com os demais, ninguém deseja tal doença para seus filhos. Para além disso, o ambiente escolar de alto contato pode ser transmissor da Covid-19 para professores e demais funcionários e, por conseguinte, para seus familiares. Esse contexto coloca sobre os professores riscos e uma carga de stress para além de sua responsabilidade profissional.

Dessa forma, o GT Nacional de Ensino de História e Educação da ANPUH/Brasil se junta aos professores/as no posicionamento de retorno presencial às atividades quando houver condições sanitárias de trabalho e sem risco de morte pela Covid-19, na luta em defesa do direito à vida e à Educação.

Coordenação Nacional do GT de Ensino de História e Educação