ANPUH Nacional

Editorial - Junho de 2020

19 Jun 2020 0 comment
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Após três meses de pandemia, é impossível não iniciar o editorial do Informe ANPUH sem expressar nosso grande pesar pelas mais de 45.000 vítimas fatais do Coronavírus no Brasil, vítimas também da insensibilidade e incompetência governamental na gestão desta imensa crise sanitária, que acompanhada de crise política e econômica, torna nosso país palco de muita dor. A ANPUH se solidariza também com os homens, mulheres e crianças negras e negros que, em meio à pandemia e à insistente violência infringida pelo Estado, promovem o levante antirracista no Brasil, assim como nos EUA, fazendo ecoar que vidas negras importam. O ano de 2020 decerto ficará para a história e a ANPUH tem movido seus esforços para contribuir para que, de imediato, todas e todos tenhamos condições de refletir sobre a diversidade de forças que se movimentam dinamicamente nestes tempos tão duros, fazendo, muitas vezes, nascer flores nas brechas dos muros de cimento. Mantivemos alertas em nossa capacidade de indignação, resistência e empatia, expressas também nas rotinas das notas, manifestos e apoio às pessoas e entidades diante dos graves problemas enfrentados neste período. Nossa luta e nossa atuação também são propositivas. Seguimos com a produção dos podcasts “Historiador Explica, Historiadora Explica”, nos quais os temas latentes do nosso tempo são abordados do ponto de vista histórico. As efemérides também ensejaram mobilizações com historiadores e historiadoras em amplas frentes de divulgação e debate do conhecimento histórico, a exemplo dos Dia da Luta contra a LGBTfobia e do Dia do Meio Ambiente, usando as redes como grande instrumento para chegar ao maior número de pessoas e lugares desse imenso país. Nos tempos de isolamento social, a proliferação de lives e webinários contribuiu para expandirmos nossas ações de produção de conteúdos e divulgação de conhecimento, estamos batalhando nestas trincheiras, e convidamos a todas e todos a assistirem, participarem e nos seguirem no Twitter, Facebook, Spotify e YouTube. Por fim, avançamos também na luta em prol da regulamentação de nossa profissão, articulando o apoio pela derrubada do veto, e em defesa da História.