Os capítulos reunidos neste livro versam sobre o(s) universo(s) dos trabalhos de homens e mulheres, livres e escravizados(as), no Brasil escravista (século XIX), no pós-abolição e na contemporaneidade. Neles, as categorias de raça, gênero e classe mostram-se imbricadas nas abordagens de várias investigações que compõem a obra.

No tocante aos períodos escravista e do pós-abolição, os estudos de casos analisam recortes geográficos diversos – Rio de Janeiro, São Paulo, Minas Gerais, Bahia, Pernambuco e Rio Grande do Sul, este em comparação com Santiago de Cuba. Já aqueles cujas temáticas centram-se no contraponto da atualidade, as reflexões discorrem acerca da sociedade brasileira de forma ampla.

A obra evidencia a exploração do(a) trabalhador(a), livre e escravizado(a), marcada por questões relativas a raça, classe e gênero, porém, da mesma maneira, ressalta a agência desses(as) homens e mulheres na luta por melhores condições sociais e de trabalho.

Jonis Freire é professor do Departamento de História da Universidade Federal Fluminense. Autor de Escravidão e família escrava na Zona da Mata Mineira Oitocentista (Alameda, 2017); coorganizador de Formas de liberdade: gratidão, condicionalidade e incertezas no mundo escravista nas Américas (Mauad X, 2018) e Escravidão e cultura afro-brasileira: temas e problemas em torno da obra de Robert Slenes (Editora da Unicamp, 2016).

Karoline Carula é professora do Departamento de História da Universidade Federal Fluminense. Autora de Darwinismo, raça e gênero: projetos modernizadores da nação em conferências e cursos públicos (Rio de Janeiro, 1870-1889) (Editora da Unicamp, 2016) e A tribuna da ciência: as Conferências Populares da Glória e as discussões do darwinismo na imprensa carioca (1873-1880) (Annablume, 2009).