Relatos de professores na pandemia (22/03)

"O mundo está ao contrário e ninguém reparou, cantou Cássia Eller décadas atrás, e foi preciso uma hecatombe para que coisas básicas ficassem claras para a maioria das pessoas. Falo principalmente do trabalho do professor (...), agora percebemos o quão insubstituível é esse profissional. (...) Talvez fique a lição para as décadas vindouras. (...) Há uma sobrecarga de tarefas que pesa principalmente sobre os professores menos informatizados. (...) A cultura escolar sofre seu mais sério abalo (...). O controle sobre o tempo e o espaço dos alunos e professores que a escola tinha foi quebrado. (...) Trabalhar em home office exige uma preparação psicológica e tecnológica que a maioria das pessoas não tem. Filhos em casa, falta de espaço adequado, rotina dispersa e nos sentimos improdutivos. (...) Otimista, quero crer que surgirá coisa boa desses escombros, mas, de fato, não há nenhum sinal de melhora no horizonte próximo."
F. B., Professor, Paraguaçu Paulista.
LUTO PELOS MORTOS DA PANDEMIA
LUTA COM OS PROFESSORES
LUTAS DA HISTÓRIA
A Associação Nacional de História-Seção São Paulo, ANPUH-SP, abre um espaço em sua página e redes sociais para divulgação de relatos de professores de História da Educação Básica sobre o cotidiano desses profissionais durante o período de pandemia. Semanalmente divulgaremos um novo relato, que sirva como manifesto e registro documental desses tempos brutos em que vivemos.

 

Relato 31 min