NOTA DE REPÚDIO - ANPUH-PB

A dialética do lembrar e esquecer tem uma dimensão política que envolve o campo da memória e da história. E como toda atividade humana, está sujeita a manipulações, usos, abusos, esquecimentos e silêncios. Assim, inserida no campo das batalhas, a memória se movimenta num campo de disputas políticas marcadas a partir das leituras e escavações que as gerações do presente realizam sobre o passado.


Daí porque, um filósofo engajado como Walter Benjamin, ao escrever as famosas Teses sobre o conceito de História, em 1939, aludia a dimensão do passado a ser lembrado como condição de “redenção” das gerações oprimidas. Para ele, era preciso retirar o passado da condição de neutralidade, ao qual fora alçado pela historiografia oficial, a fim de mostrar as relações de dominação de classe e de impedimentos e derrotas dos projetos dos trabalhadores nele realizados. Afinal de contas, a concepção de cultura e de História benjaminiana, perpassa pelo ângulo dos sinais de dominação, da barbárie que se esconde sob a beleza estética dos monumentos e das gotas de sangue que mancham os bens culturais. Escovando ao contrário, podemos/devemos explicitar os fracassos e as irrealizações dos projetos e das lutas dos excluídos da História, entender o processo dessas dominações e resistências na espessura do tempo passado...

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