Letícia - ANPUH-SP

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Relatos de professores na pandemia (31/05)

Parece que apenas algumas mortes são passíveis de luto, enquanto algumas vidas são descartáveis. As perdas, o sofrimento e a dor de alguns grupos sociais tornaram-se banais. Tomado por essa ideia surreal, vislumbro o retorno às salas de aula... Alguns professores e estudantes, eventualmente, não retornaremos. Alguns terão o assombro da morte na família, pais, irmãos, filhos, avós. Alguns terão conhecidos dos círculos de amizade e vizinhança afetados. A crise econômica ainda não totalmente dimensionada, que acompanha a pandemia, já afeta milhões. Como retornar ao emaranhado fictício de competências gerais e específicas, às habilidades e aos objetivos de aprendizagem dos documentos pedagógicos oficiais? Como conjugar as mortes do mundo real com a abstração alfa numérica das propostas curriculares oficiais? Como harmonizar o luto e a pobreza com os desígnios dos reformadores empresariais ávidos por re$ultado$? Como convergir afetos de professores e estudantes implicados na mesma dor? 

Relatos de professores na pandemia (24/05)

"A suspensão das aulas provocou um estado de incertezas e abriu caminho para muitas angústias. A gestão da minha escola preocupada em atender aos estudos dos alunos organizou o envio de atividades em plataformas de estudo a cada semana. Para muitos e para mim o confronto com novas tecnologias voltadas ao ensino e aprendizagem era território alienígena. O cotidiano desse enfrentamento era tenso. Num dia frio de agosto, meus colegas reclamaram do excesso de atividades e das horas dedicadas aos atendimentos pelo celular a fim de sanar as duvidas dos alunos e na montagem das atividades. Uma colega com filha recém-nascida e sem ter com quem deixar sua bebê, desabou a chorar de toda aquela rotina. Meu coordenador sempre firme baixou a cabeça e não deixou que vissem a transfiguração do seu semblante pois do mesmo modo estava cansado. Aproveitei, abri a câmera da plataforma e desabei reclamar com a voz embargada." A. L. F., professor, Tietê.

Relatos de professores na pandemia (27/04)

"Foi um susto, uma angústia, um grande desafio. O ano de 2020 foi um ano muito difícil, mas foi vencido pela luta dos professores, mesmo que muitos tenham sido vencidos pelo vírus. Perdemos amigos, muitos adoeceram física e emocionalmente, famílias inteiras de professores foram contaminadas. Iniciamos 2021, mais um ano de luta contra o vírus mortal e suas variantes, mais um ano de luta contra um governo executivo boçal e suas lambanças. Para a Secretaria de Educação e para alguns teóricos muito “preocupados” com as perdas dos alunos, que nunca pisaram no “chão da escola”, mas representam institutos patrocinadores, as aulas presenciais deveriam voltar de qualquer maneira. E voltaram! Passou a valer a “lei do silêncio”, do MEDO que cala as vozes dissonantes do sistema adotado. A loucura continua e só piora. Há algo de muito errado, não há lucidez que se mantenha diante de tantas mudanças e cobranças."
(A.B., Professora, São Paulo)

Relatos de professores na pandemia (19/04)

"Desde o início da pandemia, a diretora e dona da escola em que trabalho e seu filho, professor da instituição, se esforçaram mais em negar a doença e espalhar fake news, do que em gerir um projeto para facilitar as aulas. Muitos aplicativos foram testados, o que confundiu e atrapalhou alunos e professores: no final do ano nenhum docente utilizava o mesmo método de recebimento e envio de atividades.

Em 2021 poucas coisas mudaram, a volta às aulas presenciais não foi realizada de acordo com as regras, as salas contavam com 50% a 100% dos alunos, muitos funcionários e professores sem máscara, alguns apenas com faceshield. Uma professora e dois alunos se contaminaram. A docente foi orientada, pela direção da escola, no retorno após 14 dias de afastamento, a dizer que pegou uma alergia forte. Por sorte, na semana seguinte, o governo de São Paulo decretou o retorno às aulas remotas."

Relatos de professores na pandemia (06/04)

LUTO PELOS MORTOS DA PANDEMIA
LUTA COM OS PROFESSORES
LUTAS DA HISTÓRIA
A Associação Nacional de História-Seção São Paulo, ANPUH-SP, abre um espaço em sua página e redes sociais para divulgação de relatos de professores de História da Educação Básica sobre o cotidiano desses profissionais durante o período de pandemia. Semanalmente divulgaremos um novo relato, que sirva como manifesto e registro documental desses tempos brutos em que vivemos.
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#pracegoler
 
"Uma pergunta me acompanha: será que é mesmo necessária a escola no meio de tudo o que estamos vivendo? Sou assaltada pela ideia de que não há o que ensinar diante do sofrimento de pessoas que perdem seus entes queridos, seu trabalho e da preocupação por adoecer e ver adoecer quem sem ama. (...) Professores precisam produzir materiais e videoaulas sem ter nenhum preparo ou apoio. Preenchem relatórios e mais relatórios para provar que estão trabalhando. Estão conectados a qualquer hora e, mesmo assim, há quem defenda que estão ganhando para não trabalhar. (...) Não é raro receber mensagens de estudantes que já não podem estudar, pois precisam ajudar a colocar comida em casa, receber pedidos de desculpas por não poder acompanhar as atividades, pois há alguém doente na família. (...) Não gostaríamos de ser mais uma preocupação diante de tantas que nossos estudantes já têm. "
F.P.C., professora, São Paulo.

Baldios – Os Invisíveis Desapossados do Mundo

Pesquisador vinculado ao Diversitas lança livro sobre pessoas em situação de rua da cidade de Manaus/AM

Os professores Noélio Martins, do Instituto Federal de Educação do Amazonas, e Renan Albuquerque, da Universidade Federal do Amazonas (atualmente posdoc do Diversitas), lançam nesta segunda quinzena de março o livro Baldios – Os Invisíveis Desapossados do Mundo (EDUA/Alexa Cultural). A obra é o primeiro volume de uma série de três produções científicas sobre pessoas em situação de rua em Manaus, a ser finalizada até o fim do ano que vem pelos autores.

O livro é gratuito em formato ebook e já pode ser baixado aqui. A versão impressa será distribuída para a compra até o fim deste mês de março, no site da Editora Alexa Cultural. O prefácio de Baldios – Os Invisíveis Desapossados do Mundo é assinado pelo Prof. Dr. Ricardo Alexino (USP), do Professor Permanente do Programa de Pós-Graduação em Humanidades, Direitos e Outras Legitimidades (PPG-Diversitas), onde realiza tutoria de pós-doutorado de Renan Albuquerque.

O posfácio é de autoria do Prof. MSc. Francisco Alcicley, doutorando em Sociedade e Ambiente pela Universidade de Campinas (Unicamp). A publicação contou com aporte financeiro da Fundação de Amparo à Pesquisa do Estado do Amazonas (Fapeam) e da Coordenação de Aperfeiçoamento de Pessoal de Nível Superior (Capes).             

              

 Sobre a obra

Martins e Albuquerque lideram o Núcleo de Estudos e Pesquisas em Ambientes Amazônicos (Nepam), sediado na Faculdade de Informação e Comunicação da Ufam e vinculado ao CNPq. Para ambos, o livro deve ser visto como uma crítica leitura do agora, apresentado como a primeira parte de uma ampla pesquisa de campo.

A publicação também é mais um produto oriundo do doutorado defendido por Noélio Martins no Programa de Pós-Graduação em Sociedade e Cultura na Amazônia (PPGSCA), quando foi orientado pelos doutores Sérgio Ivan (Ufam) e Renan Albuquerque. “Optamos por esse modelo de publicação porque facilita a leitura e torna-se acessível. Recompusemos o que era um calhamaço em forma de tese e agora estamos divulgando os resultados, a partir de apoio da atual gestão da Universidade federal”, destacou Martins.

Para Albuquerque, que coordenou de 2018 a 2020 o Programa de Pós-Graduação em Ciências da Comunicação da Ufam e atualmente está como pós-doutorando do Diversitas - Núcleo de Estudos das Diversidades, Intolerâncias e Conflitos, foi essencial a parceria tanto com o Núcleo quanto com o Programa de Pós-Graduação.

DITADURA NUNCA MAIS

O Golpe Cívico-Militar iniciado dia 31 de março de 1964, no Brasil, abriu caminho para 21 anos de ditadura alimentada por progressiva restrição de liberdades, por violações de direitos civis, políticos e humanos, pela perseguição e intolerância diante da crítica, pela violência de Estado apoiada por interesses estranhos à soberania nacional e pelo desprezo aos valores democráticos.
Nesse longo período, o Estado foi responsável por perseguição, exilar, torturar, assassinar ou provocar o desaparecimento de milhares de brasileiras(os), além de promover intervenção, censura prévia e constante tentativa de controle sobre sindicatos de trabalhadores, movimento estudantil, universidades, imprensa, manifestações artísticas.
Quase 60 anos depois, por um impensável retrocesso para a triste memória do que foi a Ditadura, o governo federal reivindica o direito de comemorar o início do período mais obscuro para a democracia e a vida neste país.
Esse desejo de celebrar a violência não pode ser subestimado nem tolerado. Não há absolutamente nada a celebrar, só o que há é a necessidade de expressar o repúdio total e irrestrito a tudo o que foi e ainda representa a Ditadura, cujos impactos não apenas se sentiram durante sua vigência mas atravessam a sociedade brasileira até os nossos dias.
Um golpe de governo não deve ser comemorado, nem esquecido. Deve-se compreendê-lo, discuti-lo e refletir sobre suas consequências, como um alerta permanente. Para que não se esqueça. Para que nunca mais aconteça. Para que a democracia se fortaleça.

Relatos de professores na pandemia (30/03)

"Quanta falta faz pisar no chão da fábrica, ops, no assoalho da escola! Não piso numa sala de aula desde março de 2020. Uma das atividades que me fazia sentir vivo era o ambiente escolar. A sua dinâmica, imprevisibilidade e as relações construídas são elementos que fazem da escola um lugar vivo. Hoje não existe mais escola. (...) Não foi a pandemia responsável por este estado de coisas que assola este espaço de trabalho. Foram anos, décadas de descaso com a educação e falta de políticas públicas que selaram o fim da escola. (...) O virtual suplantou o vivo. Poucos estudantes reúnem condições materiais para acompanhar as aulas remotas. (...) Hoje estou em greve. (...) Sei que não verei mais aquela escola de antes da pandemia, mas espero que se preserve, pelo menos, a vivacidade de outrora."
C.S.S., Professor, São Paulo.

Relatos de professores na pandemia (22/03)

"O mundo está ao contrário e ninguém reparou, cantou Cássia Eller décadas atrás, e foi preciso uma hecatombe para que coisas básicas ficassem claras para a maioria das pessoas. Falo principalmente do trabalho do professor (...), agora percebemos o quão insubstituível é esse profissional. (...) Talvez fique a lição para as décadas vindouras. (...) Há uma sobrecarga de tarefas que pesa principalmente sobre os professores menos informatizados. (...) A cultura escolar sofre seu mais sério abalo (...). O controle sobre o tempo e o espaço dos alunos e professores que a escola tinha foi quebrado. (...) Trabalhar em home office exige uma preparação psicológica e tecnológica que a maioria das pessoas não tem. Filhos em casa, falta de espaço adequado, rotina dispersa e nos sentimos improdutivos. (...) Otimista, quero crer que surgirá coisa boa desses escombros, mas, de fato, não há nenhum sinal de melhora no horizonte próximo."
F. B., Professor, Paraguaçu Paulista.

NOTA DE PESAR

Em nome da diretoria da ANPUH-Seção São Paulo nos solidarizamos com a família de nosso companheiro Eduardo Nunes, 2º Tesoureiro.
Exatamente há uma semana, no dia 19/03/2021, faleceu seu pai, Édison Armando de Franco Nunes, e no dia 20/03/2021, sua mãe, Cléa Bernadete Silveira Netto Nunes. Neste momento de dor e de luto, registramos nossas condolências à família, que assim como tantas outras tem vivido situações que, como essa, poderiam ter sido evitadas.

Relatos de professores na pandemia (15/03)

"De repente, sem ir e vir e sem noção do que estava acontecendo: suspensão de aulas, orientações contraditórias, confusão; e todos atônitos, crendo que, mais uma vez, haveria medidas práticas e eficientes dos governantes e secretarias de saúde contra a nova pandemia. (...). Mas não. (...) A carga de trabalho aumentou imensamente, pois nós, professoras e professores, temos que estar conectados à sala de aula nos respectivos horários estabelecidos, além de participar de reuniões e, também, atender alunos e alunas em qualquer horário, pelo WhatsApp, por exemplo. (...) A burocracia está excessiva, mesmo virtualmente há uma grande cobrança. (...) E as aulas se tornaram mais formais. E as pessoas, mais tristes e apreensivas. Mas ainda temos esperança de que tudo isso um dia se acabe e permaneça no passado. E que sirva de lição para nos tornarmos mais humanos e solidários. E que se mudem e se excluam as más políticas e os maus políticos."

Relatos de professores na pandemia (08/03/2021)

"Falta um pouco de definição do que fazer. Só sei que eu já estou em sala de aula e o encontro com os alunos foi dife-rente, um misto de emoções. Medo, angústias, frustrações, desejos, vontades, tudo isso em sala de aula, mas tá sendo uma experiência nova, ninguém sabe o que pode acontecer. Sou favorável ao uso da máscara do protetor facial, só que as resoluções continuam como se quisessem isentar o Estado de possíveis contaminações de profissionais da educação. Não é verdade que você, usando todos os EPIs, está isento de se con-taminar. De uma coisa eu tenho certeza, a escola está um pouco triste (...) O sorriso das pessoas agora abafado e sufo-cado pela máscara. Enquanto a pandemia do Covid não ter-mina, nós continuamos enfrentando todas essas pandemias e aguardando a vacina."

EDITAL DE ELEIÇÃO - ANPUH-BRASIL (2021-2023)

Eleição para diretoria da Associação Nacional de História – ANPUH-Brasil, editores e conselho editorial das Revistas Brasileira de História, História Hoje e conselho fiscal- biênio 2021-2023.

Contemporâneos - Revista de Artes e Humanidades - Dossiês 21 e 22

Nº 21 – Formação Docente – Organização: Vanisse Simone (Unespar)
Submissões: até 30/07/2020
 
Nº 22 – Gênero, Violência e Direitos Humanos – Organização: Vanessa Cavalcanti (Ucsal) e Isabel Dias (Universidade do Porto-Portugal)
Submissões: até 31/12/2020

Adiamento do XXV Encontro Estadual de História da ANPUH-SP

A diretoria da ANPUH-SP, atenta aos desdobramentos em curso relativos à disseminação do novo coronavírus, comunica o adiamento do Encontro Estadual, previsto inicialmente para julho. O prazo de inscrições para apresentação nos Seminários Temáticos será estendido até dia 11 de maio, e o novo calendário do evento será estabelecido assim que possível.

A diretoria poderá estudar medidas para amenizar eventuais prejuízos diante da situação inesperada.

Pedidos de filiação para viabilização de inscrição como Coordenador no XXV EEH

Informamos que aqueles que tiverem interesse em filiar-se à Associação para fazer a inscrição na modalidade de Coordenador de ST / Coordenador de Minicurso devem fazê-lo no máximo até 05 de março.

Desta forma, haverá tempo hábil para que o pedido de filiação seja aprovado e para que o pagamento da anuidade seja realizado.

I SEMINÁRIO DIVERSITAS: ARTE E REVOLUÇÃO

28 de setembro a 1 de outubro de 2017, na Cinemateca Brasileira

Palestra: "O que os brasileiros pensam sobre a Independência e a história do Brasil"

Com o professor João Paulo Pimenta.

Dia 04/09, às 14h, no Espaço de Atividades do Museu Paulista.

Lançamento do livro Golpes na História e na Escola no SNH 2017

O lançamento ocorrerá no dia 25 de julho, terça feira, das 18h às 19h no ICC-Norte na UnB.

Em defesa da participação da sociedade civil no Conselho Municipal do Patrimônio Histórico e Cultural - SBC

Leia a carta em defesa da manutenção da participação de presentantes da sociedade civil nas decisões do COMPAHC

Chamada para comunicações do III Encontro Transfopress Brasil (13-14/11)

Imprensa em língua estrangeira: entre identidade e alteridade. Prazo de submissão de Resumos: 30 de junho de 2017.

Prorrogação das eleições ANPUH-BR

A votação pode ser feita através da área de associado até o dia 18 de abril de 2017.

3ª Versão - Base Nacional Comum Curricular

Arquivo do novo documento da Base Nacional Comum Curricular 

Eleições 2017-2019 ANPUH-BR

A escolha entre as duas chapas pode ser feita entre 06 e 18 de abril, através da área do associado.

Projetos de Lei - Escola sem Partido

Arquivo dos Projetos de Lei relativos ao programa Escola sem Partido

Reforma do Ensino Médio - Diário Oficial da União

Texto presente na edição de 17 de fevereiro de 2017

Manifestações do MEC

Nota pública de 2016 e Nota técnica de 2015

Tratados e convenções internacionais

Arquivos com diretrizes propostas por organizações internacionais a respeito da educação, dos direitos humanos e da diversidade cultural.

Cineclube de março - CineGRI

29 de março, quarta feira, 19h 

Contra a exclusão da História como disciplina obrigatória no Ensino Médio

Assine a petição contra o fim da obrigatoriedade do ensino de História no EM.

Minicurso: Os Fundamentos Filosóficos da Tolerância em John Locke

13 a 15 de fevereiro de 2017, das 16h às 18h, na Casa de Cultura Japonesa

Open letter for a democratic education in Brazil

Carta redigida pelos professores Marcus Aurelio Taborda de Oliveira, Paolo Bianchini e Patricia Camargo para divulgação da discussão internacionalmente.

VII Encontro Internacional "A imagem medieval: história e teoria"

30 de novembro a 2 de dezembro, das 14h às 19h, no Departamento de História da USP

Seminário de pesquisa do LEHA (FFLCH/USP)

18 de novembro de 2016, a partir das 9h30, no Laboratório de Estudos de História das Américas

Palestra: A História de Jerusalém

28/11, às 19h30, no Departamento de Letras - USP

Simpósio: 80 anos da Revolução Espanhola

9 a 11 de novembro, no prédio de História e Geografia da USP.

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