ANPUH-RJ -Thiago Reis

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"Anpuh-Rio em foco": SOBERANIA: como eu aprendi

SOBERANIA: como eu aprendi é a contribuição dessa terça-feira de fevereiro enviada por Francisco Carlos Teixeira da Silva.

SOBERANIA: como eu aprendi

Por Francisco Carlos Teixeira da Silva*
 
O conceito de soberania entra de forma definitiva na história com os estudos de Jean Bodin (1530-1596) e a emergência das monarquias absolutas modernas, muitas delas já com contornos de um Estado Nacional, à época do Renascimento.   

Ocupação

Por Márcia Motta*
 
Uma das palavras mais usadas na mídia e nos movimentos sociais no ano passado foi ocupação. Em nome dela, jovens de várias idades e etnias adentraram em prédios da Universidade e produziram uma série de ações com inúmeras finalidades: crítica ao plano nacional do ensino médio, apoio à ampliação dos sistemas de cotas, reprimendas mais diretas ao governo estadual e federal. 

# A UERJ tem História

A Anpuh-Rio conclama servidores, docentes, discentes e pesquisadores de todas as áreas do conhecimento a realizarem um abraço ao redor da UERJ no dia 19 de janeiro, às 15 horas.

SNH2017

O próximo Simpósio Nacional de História “Contra os preconceitos: História e Democracia” será realizado em Brasília-DF, entre os dias 24 e 28 de julho de 2017. As inscrições para apresentação de trabalhos podem ser feitas até 06/03/2017 no site do evento: www.snh2017.anpuh.org

Abaixo, listamos os Simpósios Temáticos coordenados por professores ou pesquisadores do Estado do Rio de Janeiro:

NOTA DA ANPUH-RJ SOBRE A SITUAÇÃO DA UERJ

A Direção da ANPUH-RJ manifesta a sua profunda preocupação com a situação de penúria e falta de perspectivas em que se encontra a nossa Universidade do Estado do Rio de Janeiro (UERJ), abandonada que foi pelos últimos governos do Estado.
 
Exigimos que o governo estadual envide esforços para superar essa profunda crise na universidade e que a solução passe necessariamente pela sua manutenção como instituição pública e gratuita.
 
Conclamamos ainda a todos os cidadãos desse Estado a se mobilizar politicamente para salvar essa importante instituição pública de nosso Estado do Rio de Janeiro.
 
Rio de Janeiro, 13 de janeiro de 2017.
Diretoria da Anpuh-Rio
Biênio 2016-2018

Racismo

Por Álvaro Pereira do Nascimento*
 
Como explicar os raros médicos, atores, engenheiros, professores universitários e empresários negros no Brasil? Se os negros somam mais de 50% da população, por que ocupam basicamente os ofícios com remuneração mais baixa, aglomeram-se nos bairros mais pobres e têm seus jovens entre aqueles que mais morrem de forma violenta nas grandes cidades brasileiras? O que o racismo tem a ver com isso?

NOTA PÚBLICA DA ANPUH-RIO SOBRE A MANUTENÇÃO DOS PROJETOS DA BIBLIOTECA PÚBLICA DE NITERÓI

A Associação Nacional de História Seção Regional do Rio de Janeiro, Anpuh-Rio, vem manifestar extrema preocupação com a manutenção dos projetos desenvolvidos pela Biblioteca Pública de Niterói, que se encontram prejudicados em decorrência do impasse com a Prefeitura de Niterói sobre o orçamento para o ano de 2017.
 
 
A biblioteca foi fundada em 1935 e, atualmente, pertence a rede de Biblioteca Parque da Secretaria de Cultura do Estado do Rio de Janeiro. É a única no modelo na cidade Niterói e recebe diariamente um número grande de estudantes, professores e outros leitores interessados em seu acervo.
 
 
A Anpuh-Rio destaca que o convênio entre o Programa de Pós-Graduação em História da Universidade Federal Fluminense e a Biblioteca Pública de Niterói, que proporciona atividades de extensão acadêmica mensais para os moradores da cidade de Niterói e outros interessados, é de vital interesse para a formação de um público-leitor crítico e de professores compromissados com a difusão da prática da leitura.
 
 
Nesse sentido, a Anpuh-Rio vem, por meio da presente NOTA PÚBLICA, solicitar a tomada de providências pelos agentes municipais para que o orçamento a ser destinado à Biblioteca Pública de Niterói no ano de 2017 possa contar com recursos suficientes para a manutenção de seus projetos que gozam de reconhecida relevância social e acadêmica.
 
Rio de Janeiro, 16 de dezembro de 2016.




Profa. Dra. Márcia Maria Menendes Motta
Presidenta do Conselho Diretor
Biênio 2016-2018

"Anpuh-Rio em foco": publicado novo texto

A Anpuh-Rio publica, toda última sext-feira de cada mês, um texto de crítica histórica para o grande público no "Anpuh-Rio em foco". O número atual conta com a participação da professora Denise Rollemberg, que nos traz uma importante crítica de como pensar o "Exílio (1964-1979)".

Moção de repúdio do GT Estudos de Gênero contra a violência de gênero

O Grupo de Trabalho de Estudos de Gênero da Associação Nacional de História – ANPUH, reunido em seu II Encontro Nacional, realizado nos dias 27 e 28 de Outubro de 2016 no campus da UNIRIO, no Rio de Janeiro, vem a público apresentar uma MOÇÃO DE REPÚDIO a toda prática, discurso ou imagem que constituam ou fomentem violência de gênero contra as mulheres e homo, lesbo e trans fobia.
 
Rio de Janeiro, 28 de outubro de 2016.
 
Coordenção do GT Gênero da Anpuh-Brasil

Nota de repúdio da ANPUH-RJ à operação ocorrida na Universidade Estadual de Goiás

A ANPUH-RJ manifesta seu veemente repúdio à operação ocorrida na Universidade Estadual de Goiás (UEG), na noite do dia 1º de novembro de 2016 e realizada pela Polícia Militar do Estado de Goiás. Sem o devido mandado judicial, a PM prendeu todos os cidadãos que participavam da ocupação da universidade, entre os quais o presidente da ANPUH-GO, o Professor Euzébio Fernandes de Carvalho. Ele foi algemado com outros cidadãos presos, conduzidos à delegacia, onde foram registrados e liberados.

A ANPUH-RJ considera que este evento é mais um gravíssimo exemplo da escalada de ações repressoras desencadeadas pelas diferentes instâncias do Estado brasileiro contra os movimentos sociais, particularmente aqueles ligados à defesa da educação pública, gratuita e de qualidade.

Por esta razão, a entidade mantém-se alerta, na esperança de que as ações violentas perpetradas pelo Estado sejam suspensas, posto que as manifestações sociais devem permanecer legitimas, numa sociedade democrática, plural e laica.


Márcia Motta & Ricardo Castro (presidentes da ANPUH-RJ)

ANPUH-IDEIAS: HISTÓRIA E CURRÍCULOS

Com a intenção de debater as mudanças que afetam o currículo dos cursos de licenciatura em História e, consequentemente, a formação do professor e seu impacto no Ensino de História, a Anpuh-Rio promoverá o Anpuh-Ideias: História e Currículos no dia 31/10/2016 às 13:30h, no auditório do AGCRJ. Para essa primeira edição, contaremos com a presença dos debatedores Silvana Bandoli Vargas, professora no Colégio Pedro II, e Henrique Estrada, professor na PUC-Rio, com mediação de Raquel Alvitos, professora no Instituto Multidisciplinar da UFRRJ.

A Anpuh-Rio franqueará gratuitamente a inscrição de ouvintes interessados em certificação, para isso será necessário o preenchimento da ficha de inscrição disponível AQUI.

Seminário "Livros didáticos de História: entre políticas e narrativas"

O seminário aborda a problemática existente na produção de livros didáticos de História no Brasil, nas últimas décadas, sob o impacto do Programa Nacional do Livro Didático (PNLD). Resultado de pesquisa com apoio FAPERJ, o seminário é dividido em duas partes, Políticas e Narrativas, que ocorrerão em mesas redondas alternadas.

A primeira parte propõe um balanço crítico dessa política pública, com participantes do programa e ou pesquisadores sobre o tema do ensino de história, suas políticas e o livro didático. Abordará o programa em seus diferentes momentos, seus impasses na relação com os diversos agentes sociais implicados com o complexo processo, em sua produção e recepção. Também proporá uma visão prospectiva dessa política de Estado, diante dos impasses da contemporaneidade. 

A segunda parte apresenta um conjunto de análises sobre narrativas acerca de temas recorrentes nos livros de História, presentes nas coleções do PNLD 2011, que constituíram o corpus da pesquisa apoiada pela Faperj durante os últimos três anos. Haverá mesas com análises de especialistas sobre alguns temas canônicos dos livros didáticos.

O evento é dedicado a um público de especialistas e estudiosos, estando aberto ao público em geral. Sua programação será iniciada com work shops sobre os livros didáticos de História, voltados ao público professor do ensino básico

NOTA DE REPÚDIO DA ANPUH-Rio

A ANPUH-Rio repudia com veemência a Medida Provisória 746/2016 editada pelo Governo Federal que pretende reformar o Ensino Médio brasileiro.

Nota de pesar pelo falecimento do Prof. Dr. Ricardo de Oliveira

Com pesar, solicito a divulgação da seguinte nota de falecimento do amigo Ricardo de Oliveira:




É com tristeza que informo o falecimento do Prof. Dr. Ricardo de Oliveira, do Departamento de História e Relações Internacionais e do Programa de Pós-Graduação em História da UFRRJ. 




Formado em História pela Universidade Federal do Rio de Janeiro (1993), lá também concluiu o Mestrado (1998) e o Doutorado (2004), este último sob a orientação de Jacqueline Hermann. Defendeu tese intitulada “Pela Graça do Rei: um estudo sobre o valimento no Antigo Regime Ibérico. O caso de Alexandre de Gusmão”. 



Antes de lecionar na UFRRJ, na área de História Moderna, Ricardo foi substituto na UFRJ e atuou em instituições privadas: Faculdade de Filosofia de Campo Grande, Universidade Iguaçu e Colégio São Vicente de Paulo. 



Mais recentemente, foi Jovem Cientista do Nosso Estado da FAPERJ (2012-2014) com o projeto “Retratos da Maldade: a demonização do valimento no pensamento político ibérico do Antigo Regime” e também se destacou como professor e orientador na graduação e na pós-graduação. Ao longo de oito anos, orientou nove dissertações de mestrado e oito monografias de conclusão de curso. E teve atuação decisiva no processo de expansão das Humanidades na UFRRJ com apoio do REUNI.




Seus companheiros de trabalho lamentam a morte prematura de um indivíduo conciliador, bem humorado, jovem de idade e de ideias, que contribuiu muito para a vida coletiva em nossa instituição.




Atenciosamente,

Rebeca Gontijo

NOVA DIRETORIA DA ANPUH-RIO TOMA POSSE

A Assembleia de associados da Anpuh-Rio, reunida no Instituto Multidisciplinar da UFRRJ em Nova Iguaçu, deu posse à nova Diretoria da Anpuh-Rio para um mandato de dois anos. Clique aqui e confira a nova composição dos Conselhos da Anpuh-Rio recém empossados.

Carta sobre o Seminário Estadual da BNCC sediado no Rio de Janeiro

Carta das professoras, professores e estudantes que compõem o grupo de trabalho do componente História sobre a organização e formato do Seminário Estadual da BNCC sediado no Rio de Janeiro.

Segunda Convocação para a Assembleia Geral Ordinária

A Presidente da Associação Nacional de História Seção Regional do Rio de Janeiro – ANPUH-RIO, usando das atribuições que lhe confere o Estatuto Social e de Conformidade com a decisão do Conselho Diretor e do Conselho Consultivo, convoca todos os associados a comparecerem a Assembleia Geral Ordinária a ser realizada no dia 10 de agosto de 2016, no Auditória do Instituto Multidisciplinar da Universidade Federal Rural do Rio de Janeiro (IM/UFRRJ), campus Nova Iguaçu, sito à Avenida Governador Roberto Silveira, s/n, Centro, Nova Iguaçu, às 16 hs, em primeira convocação com a presença de 2/3 (dois terços) do número de associados efetivos e fundadores; em segunda convocação às 16:15 hs, com a presença de 1/3 dos associados.

Fórum de Pós-Graduação em História da Anpuh-Rio

Vimos convidar todos os coordenadores de Programas de Pós-graduação em História do Rio de Janeiro para o Fórum de Pós-graduação a realizar-se no XVII Encontro de História da Anpuh-Rio, no dia 11/08/2016 às dez horas da manhã, na Universidade Federal Rural do Rio de Janeiro, campus Nova Iguaçu, prédio Multimídia, sala 309. 

Fórum de Graduação em História da Anpuh-Rio

Temos o prazer de convidá-lo(a) para participar do Fórum de Graduação que será realizado por ocasião do XVII Encontro de História da Anpuh-Rio, no dia 11 de agosto próximo, às 10 horas, no Instituto Multidisciplinar da Universidade Federal Rural do Rio de Janeiro, campus de Nova Iguaçu.

Convocação de Assembleia Geral Ordinária

A Presidente da Associação Nacional de História Seção Regional do Rio de Janeiro – ANPUH-RIO, usando das atribuições que lhe confere o Estatuto Social e de Conformidade com a decisão do Conselho Diretor e do Conselho Consultivo, convoca todos os associados a comparecerem a Assembleia Geral Ordinária a ser realizada no dia 10 de agosto de 2016, no Auditória do Instituto Multidisciplinar da Universidade Federal Rural do Rio de Janeiro (IM/UFRRJ), campus Nova Iguaçu, sito à Avenida Governador Roberto Silveira, s/n, Centro, Nova Iguaçu, às 16 hs, em primeira convocação com a presença de 2/3 (dois terços) do número de associados efetivos e fundadores; em segunda convocação às 16:15 hs, com a presença de 1/3 dos associados.

Normas para criação de Grupos de Trabalho no Rio de Janeiro

O documento estabelece as normas para criação de Grupos de Trabalho no Rio de Janeiro.

Reuniões de GT's e outras organizações durante o XVII Encontro de História

As reuniões de Grupos Temáticos e de outras organizações durante o XVII Encontro de História da Anpuh-Rio: entre o local e o global deverão ser agendadas com a Comissão de Organização do evento, através do email O endereço de e-mail address está sendo protegido de spambots. Você precisa ativar o JavaScript enabled para vê-lo., para a quarta-feira dia 10/08 entre 10 e 12 horas. Após a solicitação, a secretaria providenciará uma sala para receber os participantes do GT ou organização.

Início da votação para as eleições dos Conselhos da Anpuh-Rio, biênio 2016-2018

Prezados(as) Associados(as), a votação para as eleições dos Conselhos da Anpuh-Rio, biênio 2016-2018, serão iniciadas no dia 01/07/2016, conforme anunciado anteriormente. Para votar, o(a) associado(a), que estiver quite com suas anuidades, deve acessar a área do associado na página da Anpuh-Rio (www.rj.anpuh.org) e clicar no link para encaminhar seu voto. Será possível votar na Chapa Única, em Branco ou Nulo até o dia 29/07/2016.

II Encontro Nacional do GT Estudos de Gênero - ANPUH

O II Encontro Nacional do GT Estudos de Gênero - ANPUH tem como objetivo geral congregar, na sede da UNIRIO, no Rio de Janeiro, entre os dias 27 e 28 de outubro de 2016, estudantes, pesquisadoras(es) e professoras(es) do ensino superior de todo o país, para a troca de experiências, apresentação e debate de suas pesquisas e reflexões

VIII Encontro Estadual do GT de Ensino de História e Educação da Anpuh–RJ

É com grande prazer que a Anpuh-Rio divulga o VIII Encontro Estadual do GT de Ensino de História e Educação da Anpuh-RJ, a ser realizado no campus Gragoatá da Universidade Federal Fluminense no dia 13 de julho de 2016. Veja a programação completa.

I Colóquio Internacional Movimentos Trânsitos e Memórias

O Programa de Pós-graduação em História do Brasil da Universidade Salgado de Oliveira, em parceria com o Museu do Ingá, a Faculdad de Humanidades y Ciencias de la Educación da Universidad Nacional de La Plata, o Programa de Pós-graduação em História e o Laboratório de Estudos da Imigração da Universidade do Estado do Rio de Janeiro, a Universidad de Chile...

Homologação de chapa única candidata na eleição dos Conselhos da Anpuh-Rio: Biênio 2016-2018

A Comissão Eleitoral torna pública a homologação da chapa única na eleição dos Conselhos da Anpuh-Rio: Biênio 2016-2018. A chapa única inscrita é composta pelos seguintes candidatos:

IX Simpósio Nacional Estado e Poder: Gramsci e a Pesquisa Histórica

De 04 a 06 de outubro de 2016 será realizado o IX Simpósio Nacional Estado e Poder (SNEP) tendo como temática desta edição: Gramsci e a Pesquisa Histórica.

XIII Jornada de História Universidade Estácio de Sá

Programação da XIII Jornada de História Universidade Estácio de Sá. Data: 21/05/2016. Local: Campus Centro I (Av. Presidente Vargas, 642. Centro - Rio de Janeiro).

Edital de convocação para eleição dos Conselhos da Anpuh-Rio: Biênio 2016-2018

A Diretoria da Anpuh-Rio torna público o Edital de convocação para eleição dos Conselhos da Anpuh-Rio: Biênio 2016-2018.

Carta de pesquisadores sobre a BNCC enviada à Anpuh-Brasil

Assinam a carta: Eduardo França Paiva (UFMG),  Isnara Pereira Ivo (UESB), Marcia Amantino (UNIVERSO), Márcio de Sousa Soares (UFF), Maria Lemke (UFG), Cacilda da Silva Machado (UFRJ), Gian Carlo de Melo Silva (UFAL) e Roberto Guedes (UFRRJ).

Relatório da Profa. Ms. Renata Lira sobre a BNCC

O documento anexo apresenta a visão da Profa. Ms. Renata Lira, da Escola Municipal Reverendo Martin Luther King, sobre a BNCC História.

Para acessar o documento, clique aqui.

Uma História para o conformismo e a exaltação patriótica: crítica à proposta de BNCC /História

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Texto do professor Gilberto Calil, publicado no Blog Junho em 24/02/2016.

 

 

 

MANIFESTO PÚBLICO DO SEMINÁRIO ESTADUAL REALIZADO PELA ANPUH/PR SOBRE A BNCC

Seminário BNCC PR

PELA REJEIÇÃO DA PROPOSTA DE BASE NACIONAL COMUM CURRICULAR PARA A ÁREA DE HISTÓRIA APRESENTADA PELO MINISTÉRIO DA EDUCAÇÃO.

Relato da II Jornada de História da Anpuh-Rio: discussão da BNCC

II Jornada Cartaz

 

 

A seção Rio de Janeiro da Associação Nacional de História (Anpuh-Rio) realizou, no auditório da Universidade Veiga de Almeida, no dia 22 de fevereiro de 2016, a II Jornada de História da Anpuh-Rio: discussão da BNCC.

 

Nota do GT de História da África da Anpuh Brasil e da Associação Brasileira de Estudos Africanos (ABE-África) sobre a proposta da Base Nacional Comum Curricular (BNCC) para o Ensino de História

GT ÁFRICA
Desde o final de 2015, acompanhamos a discussão em torno da proposta de uma Base Nacional Comum Curricular (BNCC), que estabelece um currículo mínimo para os Ensinos Fundamental e Médio. Diante da importância desse debate, o GT de História da África da Anpuh Brasil reuniu seus afiliados por meio dos seus GTs Regionais a fim de colaborar para uma leitura crítica da proposta atual da BNCC, submetida à consulta pública, e apresenta nesta nota algumas considerações a esse respeito.
 
Clique no título e leia a nota completa.

Revista Passagens (Uff). Chamada de artigos

Passagens. Revista Internacional de História Política e Cultura Jurídica (on-line). Passagens recebe artigos em fluxo contínuo, em quatro línguas (português, espanhol, inglês e francês) e as normas para publicação podem ser encontradas em seu sítio (site).

O periódico é B1 na classificação Qualis da CAPES e está indexada em Dialnet, DOI (CrossRef.), Portal de Periódicos da CAPES/MEC-Brasil, Redalyc, EBSCO, Réseau Européen Droit et Societé e Latindex.

PROGRAMAÇÃO - II Jornada de História: Discussão da BNCC

Divulgada a programação da II Jornada de História da Anpuh-Rio: Discussão da BNCC que ocorrerá no dia 22 de fevereiro.

A BNCC e a história social do trabalho (CPDOC/FGV)

O Laboratório de Estudos dos Mundos do Trabalho e Movimentos Sociais (LEMT) da Escola de Ciências Sociais da Fundação Getúlio Vargas (FGV-CPDOC) convida para a Mesa Redonda.

Carta da profa. Ismenia de Lima Martins contra os cortes na FAPERJ

A Fundação Carlos Chagas Filho de Amparo à Pesquisa do Estado do Rio de Janeiro - FAPERJ - foi criada em 1980, por cientistas que em suas atividades acadêmicas reivindicaram o apoio do governo na promoção do desenvolvimento da ciência e da tecnologia no Estado do Rio de Janeiro.

Memórias da Moscouzinho

Este livro é dedicado a Astério dos Santos, tecelão, líder sindical, vereador e comunista. Com uma narrativa atraente, o autor resgata trajetórias do movimento operário têxtil em Santo Aleixo, município de Magé/RJ, apresentando um olhar sensível para a ação e a memória de instigantes personagens. Sua pesquisa articula história política e social, demonstrando a força desses operários na luta sindical fluminense e na Câmara de Vereadores. 

Abertas as inscrições para IV Seminário Fluminense de Pós-graduandos em História

A quarta edição do Seminário Fluminense de Pós-graduandos em História ocorrerá nos dias 19, 20, 21 e 22 de julho de 2016, nas dependências da Faculdade de Formação de Professores da Universidade do Estado do Rio de Janeiro (UERJ), localizada no município de São Gonçalo.

 

II Jornada de História: Discussão da BNCC

II Jornada de História da Anpuh-Rio: Discussão da BNCC já tem data marcada: 22 de fevereiro.

Inscrições abertas: apresentadores de trabalho e minicurso

Estão abertas as inscrições para apresentadores de trabalho e participantes de minicurso no XVII Encontro de História da Anpuh-Rio: entre o local e o global. Maiores informações sobre prazos, valores e condições acessem a página do evento: www.encontro2016.rj.anpuh.org

 

Marxismo e religião: dossiê.

O blog "marxismo21" organizou o dossiê "Marxismo e religião", que conta com inúmeros artigos e textos sobre o tema. Acesse e confira: http://marxismo21.org/marxismo-e-religiao/.

Nota da ANPHLAC sobre a BNCC

 
 
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NOTA DE REPÚDIO AO PROJETO DE EMENDA CONSTITUCIONAL No 18/2015 DA ASSEMBLEIA LEGISLATIVA DO RIO DE JANEIRO

A Associação Nacional de História e a Associação Nacional de História Seção Rio de Janeiro vem, por meio desta, repudiar veementemente o Projeto de Emenda Constitucional no 18/2015, apresentado pelo Deputado Edson Albertassi à Assembleia Legislativa do Estado do Rio de Janeiro, que reduz de 2% para 1% o percentual dos recursos destinados à Fundação Carlos Chagas Filho de Amparo à Pesquisa do Estado do Rio de Janeiro – FAPERJ.

Carta da Associação Brasileira de Estudos Medievais sobre a BNCC

A divulgação da BNCC despertou uma série de reações na sociedade civil brasileira, materializadas em matérias de jornal, debates públicos e cartas abertas de laboratórios de pesquisa...abrem

ALGUNS ESCLARECIMENTOS SOBRE A JORNADA DE HISTÓRIA DA ANPUH-RIO: DISCUSSÃO SOBRE A BNCC

Acesse aqui texto com alguns esclarecimentos sobre a Jornada de História da Anpuh-Rio: Discussão da BNCC e sobre a Carta crítica da Anpuh-Rio sobre a BNCC.

Revista Encontros (Colégio Pedro II)

A Revista Encontros é um periódico de publicação semestral do Departamento de História do Colégio Pedro II, que foi criado no ano de 2003 e já conta com vinte e quatro (24) volumes, sendo que vinte e três (23) em formato impresso, com ISSN 1807-3867.
 
A partir de outubro de 2015, a Revista amplia os rumos e define uma nova configuração institucional e editorial, adotando a versão digital. Do mesmo modo que reafirma propositivamente a sua identidade fundada, desde a criação, na asserção e valorização da Educação Básica, tendo como referenciais as conexões ensino e pesquisa, saber e docência. A primeira edição do Ano 13, referente ao primeiro semestre de 2015, intitulada Territorialidades & Trabalho Docente, está sendo apresentada, de forma inédita, em meio eletrônico. As demais edições, anteriormente impressas, estão migrando gradativamente para o portal.
 
A Revista Encontros, além de utilizar o Open Journal Systems, está na base de dados do PKP Open Archives Harvester, DSpace/Diadorim e Google Acadêmico.
 
Uma referência de agradecimento aos professores do Colégio Pedro II e, em especial, aos docentes inseridos em outras instituições, que, integrantes do Conselho Editorial e do Corpo de Pareceristas da Revista Encontros, acreditam na Educação e valorizam a Educação Básica e a Escola Pública como espaços de diálogo entre visões de mundo, de sociedade e de homem. E como ponte capaz de compreender o ensino em seu viés transformador, permitindo prosseguir nos espaços possíveis de produção e intervenção da vida social.
 
Submissões em fluxo contínuo.

Carta de professores do Norte e Nordeste sobre a BNCC

Nós, professores de História Antiga e Medieval de diversas instituições das regiões Norte e Nordeste, enviamos carta anexa a esse e-mail manifestando nossa posição contrária a atual versão da Base Nacional Comum Curricular e saudando as iniciativas da regional fluminense da Anpuh, assim como dos professores das referidas áreas, em debater o texto e as possíveis consequências da Base...
 
 

Inaugurado canal da Anpuh-Rio no You Tube

Para facilitar a divulgação dos eventos realizados e para criar uma memória dos debates promovidos pela Anpuh-Rio, implementamos um canal na plataforma de vídeos You Tube. Nesse canal, além de nossos eventos, buscaremos divulgar entrevistas e outras matérias de relevância para os historiadores e para a História...

Nova face do autoritarismo

Ronaldo Vainfas"Proposta da comissão do MEC para o ensino da História em 2015 é uma aberração. Mutila os processos históricos globais, aposta na sincronia contra a diacronia". Por Ronaldo Vainfas (UFF).

Posição de um grupo de historiadores fluminenses enviada à ANPUH-Brasil em 30 de novembro de 2015, acerca da "Carta crítica da Anpuh/Rio ao componente curricular História na BNCC":

 
 
Nós, abaixo assinados, membros da Anpuh /Rio de Janeiro, entendemos que a "Carta Crítica da Anpuh/Rio ao Componente Curricular História na BNCC" ...

BNCC - Próximas medidas a serem tomadas. Nota da Anpuh-Brasil

Em reunião da Diretoria Nacional com a presença de representantes das s, realizada no dia 1/12/2015, após ampla discussão sobre os procedimentos a serem adotados em relação a um posicionamento da ANPUH face a proposta da BNCC, ficou estabelecido, com a aprovação de todos, que:

NOTA DA ASSOCIAÇÃO NACIONAL DE HISTÓRIA SOBRE A BASE NACIONAL COMUM CURRICULAR – BNCC

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A Associação Nacional de História – ANPUH, entidade que congrega pesquisadores e docentes de História, vem acompanhando de perto as discussões que cercam o documento Base Comum Nacional Curricular proposto pelo Ministério da Educação, MEC. Até o momento nossa entidade tem estimulado que suas regionais promovam debates..

Uma carta sobre as cartas à carta

 
Gostaria de começar esta carta sobre suas críticas à nota pública da ANPUH-Rio dizendo que entendo, perfeitamente, certo desconforto diante de um texto (que contou com a minha colaboração) que não representaria a totalidade dos professores associados em relação à BNCC. Considero, pois, pertinente a ponderação de ambas...

Carta aberta a Hebe Mattos e Carlos Fico

 
(por Ricardo Dreguer)
 
 
Caros mestres,
 
Em primeiro lugar gostaria de elogiar suas iniciativas de publicarem análises sobre o processo de debate sobre a BNCC-História, bem como sobre o conteúdo do documento em si.
 
Como sou paulista, não posso avaliar a afirmação da professora Hebe e de Martha Abreu de que determinados grupos foram excluídos do processo que gerou a carta publicada pela Anpuh-RJ.
 
De toda forma, se esse foi caso, me solidarizo com vocês, pois nós, que temos algumas críticas e sugestões à BNCC-História sabemos bem o que é exclusão, já que, no GT Ensino de História da Anpuh nacional, não temos nossas publicações aceitas, ao contrário daqueles que defendem integralmente o documento e têm amplo espaço para manifestação.
 
Abaixo as exclusões de toda espécie!
 
Quanto à análise que fazem do processo de elaboração e do texto do documento, tenho algumas concordâncias e outras tantas discordâncias, que relato a seguir.
 
Esta carta tem caráter pessoal, mas muitas das ideias que expresso estão presentes em um documento com críticas e sugestões para a BNCC-História, subscrito por 12 profissionais com diferentes formações acadêmicas, experiências profissionais e linhas teóricas. Tal documento, entregue pessoalmente para a professora Cláudia Ricci no dia 28/11, pode ser acessado no link https://drive.google.com/open?id=1FKwYaFh-oKSFzixadVzC8uaH9xfaAWJ8gO6QL2VfxYw
 
1. Sobre a equipe responsável e o processo de elaboração da BNCC-História
 
A professora Hebe afirma em seu texto que:
 
Como todos os outros textos da base, trata-se de um texto preliminar, aberto à discussão, construído por uma equipe de pesquisadores da área de ensino da disciplina em questão. Este caráter técnico do recrutamento do grupo de trabalho, efetuado a partir da expertise no campo do ensino da disciplina [...]
Por outro lado, o grupo que elabora a base foi recrutado entre os especialistas em ensino de história, campo que teve importante desenvolvimento nos últimos anos. É uma área que vem pensando há anos como ensinar a história, para quem estamos ensinando história e para que serve a história ensinada. Seus especialistas estão fortemente embasados no que de melhor tem acontecido nas salas de aula do ensino básico e das universidades na matéria.
 
Já o professor Carlos Fico destaca que:
 
Há garantia de que as sugestões serão consideradas e de que nova redação da proposta será novamente submetida ao debate. A discussão de tantas questões importantes - se conduzida com tranquilidade - é positiva por si só.Hoje li considerações muito ponderadas da colega Hebe Mattos que reúnem praticamente tudo o que penso a respeito do assunto. Hebe chama a atenção para a necessidade de encaminhamento sereno da questão, pois já houve reações exageradamente críticas em relação à proposta.
 
Em primeiro lugar, gostaria de ressaltar, como venho fazendo nos debates de que participei na FEUSP (24/11) e FFLCH-USP (28/11) que, ao contrário do que imagina a professora Hebe Mattos, a equipe responsável pela primeira versão da BNCC-História não obedeceu ao critério da heterogeneidade definido pelo MEC.
 
Tal equipe incluiu profissionais de uma única linha de pesquisa, excluindo do debate vozes fundamentais na pesquisa sobre ensino de História, como Circe Bittencourt (FEUSP), Maria Auxiliadora Schmidt (UFPR), Kátia Abud (FEUSP), Marlene Cainelli (UEL), Ernesta Zamboni (UNICAMP) e tantas outras, com visões divergentes à da equipe responsável pela elaboração da BNCC-História, e que teriam dado ótimas contribuições ao documento preliminar.
 
Com relação à garantia de um debate sereno e amplo da versão preliminar da BNCC-História, gostaria de lembrar, como fizeram diversos professores da FEUSP, que tal premissa é contaminada pelo curtíssimo tempo imposto pelo MEC para o debate, bem como pela limitação dos canais de expressão das críticas/sugestões, restritas à postagem em um link e sujeitas à uma "peneira" informatizada que não garante que tais postagens serão efetivamente lidas.
 
2. Sobre a versão preliminar da BNCC-História
 
2.1 – Eurocentrismo X "ser brasileiro"?
 
Concordo com a afirmação da professora Hebe de que é muito positivo, na versão preliminar da BNCC-História, o
 
[...] esforço de romper com o eurocentrismo que informa a concepção de história até agora predominante no ensino de história do país. Inclusive nas nossas universidades.
 
Contudo, concordo com a crítica de Carlos Fico de que
 
Eu chamaria a atenção para um problema de ordem geral: há certa ingenuidade teórica que se traduz na atribuição de essencialidade ao "ser brasileiro" por meio das "matrizes" indígenas, africanas e de "outras origens".
 
2.2. Da história factual dos "vencedores" à história factual dos "vencidos"
 
Concordo com o professor Carlos Fico quando ele afirma que
 
Do mesmo modo, é visível que - no louvável esforço de construir uma proposta crítica - o texto original estabelece, de antemão, enunciados que deveriam ser discutidos e problematizados com os estudantes. Cito apenas três exemplos (entre outros que poderiam ser indicados): (a) a não problematização da denominação "Revolução de 1930" (episódio definido na proposta como "Golpe de Estado de 1930"); (b) a adoção, sem qualquer discussão, do frágil conceito de "populismo"; (c) a afirmação de que a abertura política no fim do regime militar decorreu de "demandas da sociedade civil organizada". São questões polêmicas que não podem ser estabelecidas de maneira apriorística.
 
Essa postura de trocar uma história factual dos "vencedores" por outra igualmente factual dos "vencidos", reforça a crítica que nosso grupo fez no documento supra citado de que "a supressão da cronologia e do eurocentrismo não garantem, por si só, um ensino de história comprometido com a problematização, uma história-problema, como defendia a tradição dos Annales. Podemos substituir uma história factual e política dos povos europeus por outra igualmente factual do Brasil e dos povos ameríndios e africanos".
 
2.3. A questão da temporalidade histórica
 
Concordo com o alerta da professora Hebe de que, na carta crítica da Anpuh-RJ, a questão da temporalidade histórica não foi devidamente esclarecida.
 
Então, vou tentar esclarecer melhor por que, a meu ver, a questão da temporalidade histórica foi gravemente negligenciada pela versão preliminar da BNCC-História, comprometendo, inclusive, seus aspectos positivos.
 
A análise cuidadosa de todos os objetivos de aprendizagem da versão preliminar da BNCC-História permite encontrar propostas, para 7º. ano do Ensino Fundamental, como a seguinte:
 
CHHI7FOA084
Reconhecer os diferentes processos de escravidão ocorridos no Brasil – Escravidão de africanos e Escravidão de indígenas – relacionando-os à formação política, econômica, cultural e social das diferentes regiões do Brasil.
 
Teoricamente tal objetivo está em consonância com a justificada intenção de privilegiar a história dos africanos e indígenas, como expresso na "Apresentação" da BNCC-História. Contudo, uma análise mais detalhada, demostra que tal objetivo é de tal maneira genérico que se corre o risco de perder completamente a especificidade de cada temporalidade histórica, em que os processos de escravidão de africanos e indígenas, bem como seus processos de "negociação"/resistência assumiram características diversas, como expresso em diversas pesquisas acadêmicas, inclusive as levadas a cabo pela equipe da professora Hebe Mattos.
 
Nesse sentido, reafirmo minha crítica de que, no cotidiano da sala de aula, corre-se o risco de que o ensino de história se transforme em um estudo etnológico dos "mundos ameríndios, africanos e europeus", atemporal, descontextualizado, desarticulado e vinculado a uma concepção de "ser brasileiro" estereotipada, como destacado pelo professor Carlos Fico.
 
Tais perigos são decorrentes da falta de um embasamento claro na versão preliminar da BNCC-história da questão da temporalidade histórica. A impressão é a de que os autores deste documento desconsideraram todas as contribuições das pesquisas mais recentes sobre este tema, levadas a cabo por Pages, Santisteban, Cooper, Scaldaferri, Siman, Hallam, Bergamashi, Laville, Callai e outros.
 
2.4. A questão da faixa etária dos alunos
 
Uma última crítica à versão preliminar da BNCC-História que pretendo destacar é a falta de conhecimento da faixa etária dos alunos, bem como a desconsideração de todas as pesquisas de psicologia do desenvolvimento e da aprendizagem voltadas para o ensino de História levadas a cabo por Carretero, Castorina, Delval, Kohen, Barreiro, Ferreiro e tantos outros pesquisadores.
 
Tal desconsideração pode ser observada principalmente nos objetivos de aprendizagem prescritos para os anos iniciais do Ensino Fundamental (1º. Ao 5º.). Nesse sentido, determinados objetivos que apareciam no documento do Pnaic (Plano de alfabetização na idade certa) como pertinentes ao ciclo de alfabetização (1º. Ao 3º. Ano) são deslocados de seu contexto original e reproduzidos como específicos do 1º. Ano do EF, como no exemplo citado a seguir:
 
CHHI1FOA004
Identificar mudanças e permanências nos espaços escolares e nas relações interpessoais neles existentes, a partir de diferentes evidências não escritas, tais como edificações, fotografias, depoimentos.
 
Este objetivo, assim como outros destacados para os anos iniciais do ensino fundamental (1o. ao 5o) estão em total discrepância com os documentos anteriores do MEC, como o referido Pnaic, as Orientações para Inclusão da Criança de seis anos no Ensino Fundamental de nove anos, Parâmetros Curriculares Nacionais .
 
Neste caso, a presença das vozes diferenciadas na pesquisa sobre ensino de história que citei em itens anteriores, teria contribuído para evitar essas situações de desconexão entre objetivos e faixa etária dos alunos.
 
2.5. Conclusão
 
Enfim, concluímos nosso documento coletivo supra citado afirmando que "a troca de ´conteúdos´, retirando a ênfase na história europeia e enfatizando a história brasileira, com destaque para os povos ameríndios e afrodescendentes é condição necessária, mas não suficiente, para mudar o ensino de história.
 
Se ela não vier acompanhada de um trabalho cuidadoso com a questão da temporalidade histórica, da história-problema e da faixa etária dos alunos – o que não está presente no documento preliminar da BNCC-história – corremos o sério risco de trocar um ensino tradicional/prescritivo eurocêntrico por outro igualmente tradicional/prescritivo dos ameríndios e afrodescendentes."
 
Para que tais mudanças sejam implementadas na nova versão da BNCC-história é fundamental que sejam ouvidas todas as vozes caladas no processo inicial, como os pesquisadores do ensino de história e os acadêmicos dos diversos recortes da história. Mas, principalmente, que sejam ouvidos os principais "esquecidos" neste debate: os professores (as) do Ensino Fundamental e Médio, que não se sentem representados pelos burocratas das Secretarias de Educação dos Estados (SEDUCs) que fizeram parte do grupo que criou a versão preliminar.
 
Neste sentido, é louvável e bem vinda a iniciativa da Anpuh Brasil de solicitar reuniões das regionais que culminarão com um colóquio sobre a BNCC-história da Anpuh Brasil em 29/02 e 01/03/16.
 
E vamos ao debate, sem exclusões de nenhuma espécie, seja por titulação, experiência profissional ou linha teórica.
 
Saudações de Clio,
 
Ricardo Dreguer
São Paulo, 03/12/2015.
 

Resposta a Hebe Mattos: “Sobre a BNCC e os historiadores”

 

 

(Por Alexandre Santos de Moraes)

Peço licença

Aos donos da mangueira

Pra ver uma pastora

Que eu gostei de ver

Que eu gostei de ver sambar

(Peço Licença — Zé Kéti)

Zé Kéti, que era compositor da Portela, endereçou o samba Peço Licença "aos donos da Mangueira". No programa MPB Especial de 1973 ele nos conta que namorava uma moça chamada Tina, filha de Tinguinha, vice-presidente da Estação Primeira. Como era radicado em outra agremiação, era de bom tom que chegasse devagar, com respeito, sinalizando suas boas intenções. Era como se fosse um estrangeiro adentrando um território hostil. Peço licença a Zé Kéti para adotar o mesmo expediente nesse texto, bem diferente no compasso e no entushiásmos que sua música provoca. Peço licença porque respeito a posição de minha colega de departamento, porque sinalizo a intenção de promover um diálogo democrático acerca da BNCC, mas, principalmente, porque me sinto um estrangeiro nessa questão.

Concordo com o texto de Hebe Mattos em muitos pontos. Estou de acordo, por exemplo, que é preciso questionar a necessidade de uma Base Nacional Comum, variável que se for levada a sério faz ruir todo o debate subsequente, já que o conteúdo fica subordinado ao princípio que rege sua existência. Concordo também que é preciso um diálogo com toda a comunidade de educadores, de historiadores e com a sociedade antes de ser aprovada. Mas é aí que surge o hiato que distingue a forma com que nos posicionamos. Após essas considerações, ela escreve: "Mas fico feliz que tenhamos largado para discussão a partir de um documento tão radical no seu esforço de romper com o eurocentrismo que informa a concepção de história até agora predominante no ensino de história do país".

Antes de tudo, não acredito que essa discussão esteja realmente acontecendo. A forma com que a BNCC foi apresentada, de supetão, com mais ou menos três meses para a consulta pública, é o primeiro ponto. Três meses é tempo suficiente para ler, refletir, criticar e propor uma alternativa a um documento dessa envergadura até então desconhecido? Mais do que isso, só podemos criticar aspectos pontuais, pois seus fundamentos estão blindados. A proposta só pode ser aperfeiçoada, e não repensada. Não há diálogo aberto se os termos são limitados por princípio, de modo que a ideia de consulta pública fica perigosamente comprometida. E vou além: por se tratar de um documento que busca prescrever aquilo que os professores deverão ensinar, seria de bom tom que todos os procedimentos e critérios que presidiram sua elaboração estivessem bem expostos. Quem tem interesse na discussão não pode ser tratado como estrangeiro, até porque xenofobia deveria ser coisa do passado. Não questiono a competência de quem redigiu a BNCC, mas que instância burocrática fez essa seleção? Quais foram os critérios? Por que apenas especialistas em Ensino de História? Pesquisa e ensino estão separados, a despeito dos discursos que criticam sua dissociação? Quem estabeleceu os critérios do que pode ser criticado? Quem vai analisar e julgar quais as críticas que procedem? Essa é apenas a ponta do iceberg, pois há que se discutir com clareza que modelo de educação está se buscando e, principalmente, qual é a real influência de entidades privadas nesse processo. Se a largada se deu dessa forma, temo que sejamos retardatários nessa corrida. Estrangeiros em um país de língua estranha.

Outro ponto importante, que tem sido pouco problematizado pela rapidez com que o debate precisa ser feito, é a questão do eurocentrismo. Estou plenamente de acordo que é um tema que exige reflexão, mas desconfio que a crítica ao eurocentrismo não se radique apenas na exclusão ou nas menções esporádicas a eventos históricos que seriam peculiares à Europa ou, melhor dizendo, ao espaço que hoje compreende aquilo que chamamos Europa. Fico imaginando que boa parte dos autores que nos estimulam a pensar os problemas brasileiros são europeus, e eles escrevem na e para a Europa na maioria das vezes. O eurocentrismo estaria apenas no sumário dos assuntos que poderíamos debater ou nos modelos que dão caldo para os assuntos debatidos? Mais do que isso, será que os pesquisadores que elaboraram a BNCC sabem que é possível pensar a Grécia Antiga, por exemplo, para além do paradigma eurocêntrico? Recordo o livro Unthinking the Greek Polis — Ancient Greek History beyond Eurocentrism (2007), de Kostas Vlassopoulos, que desencadeou uma discussão muito em voga sobre a forma com que os modelos nacionalistas europeus atuaram na construção da história da Grécia Antiga. Ora, se a crítica é ao eurocentrismo, se o problema está colocado e se ele participa da forma com que refletimos sobre a Antiguidade, o que justifica a absoluta exclusão da História Antiga do currículo escolar? Chega a ser curioso que a história dos gregos seja identificada com eurocentrismo no exato momento em que boa parte dos próprios gregos, em função da longa e interminável crise econômica, questione seu lugar na União Europeia.

Mas estou razoavelmente de acordo com Hebe Mattos quando ela diz que "A entrada pela história do Brasil, espaço de inserção política do estudante, faz todo sentido no contexto de uma base curricular mínima nacional [grifo dela]". No entanto, faço uma ressalva, pois temo que essa entrada não possua uma saída. Ela não é apenas o ponto de partida, mas também o de chegada. O problema não é fazer uma História do Brasil, mas uma História do Brasil que opera sob a lógica do nacionalismo (uma ideia, aliás, bastante europeia e eurocêntrica). Todos nós fazemos História do Brasil, ainda que pesquisemos a Antiguidade. Ainda que o célebre aforismo de Croce soe um pouco démodé, é difícil negar que toda história seja contemporânea, até porque Marc Bloch (e este não sai de moda!) sinalizou que "passado não é objeto de ciência". O Brasil e as questões de nosso tempo estão sempre incrustados em nosso horizonte. Por que não discutir a República Romana colocando nossa própria República em perspectiva? A questão feminina na Atenas Clássica, que ganhou fama cá no Brasil a partir da fina ironia de Chico Buarque, não nos ajudaria a refletir sobre as diferenças de gênero em nosso tempo? Não seria proveitoso comparar a democracia ateniense com a nossa democracia, como muitos historiadores brasileiros já fizeram? E que tal refletir sobre o "branquemento" dos egípcios antigos, objeto de análise, por exemplo, do historiador senegalês Cheikh Anta Diop, que teve sua tese de doutoramento recusada na Paris de 1951 por levantar essa discussão? Penso que a BNCC limitou uma proposta que, em si, é boa. Todos os temas são importantes, mas a forma com que são abordados é tão empobrecedora que produz ausências inadmissíveis. Começou mal, nos confins de um gabinete, razão pela qual feriu os olhos quando conheceu a luz do dia.

É por essas razões que não concordo com Hebe Mattos quando ela sugere "que a incorporação da noção de história Atlântica, articulando América, Europa e África, a partir da expansão marítima e comercial europeia, pode ser uma chave de leitura eficaz para superar o problema". A ideia é boa, mas pra mim continua sendo pouco. Podemos ir além. Até porque nem mesmo o samba, caso se concorde com Hermano Vianna, símbolo sempre evocado para a exortação da brasilidade, nasce dialogando com o estrangeiro. Decerto não tanto por ser um misto de coreografia africana com fandangos espanhóis e portugueses (como relatou o viajante Thomas Lindley em 1802), mas porque se rebelou, desde seu nascedouro, à finessè e às regras de etiqueta das elites baianas e cariocas que desconfiavam do ritmo vadio que até hoje nos faz sentir um pouco mais brasileiros quando ouvimos. Os gregos chamavam essa sensação de enthusiásmos, palavra que por causa de nossa própria história dispensa tradução.

Niterói, 2 de dezembro de 2015 — Dia Nacional do Samba.

Alexandre Santos de Moraes

 

Texto disponível: https://medium.com/@alexandremoraes

CARTA CRÍTICA DA ANPUH-RIO À COMPOSIÇÃO DO COMPONENTE CURRICULAR HISTORIA NA BNCC.

Clique aqui e baixe o arquivo em pdf.

A Base Nacional Comum Curricular foi divulgada pelo Ministério da Educação, através da Secretaria de Educação Básica, em setembro de 2015, apresentando componentes curriculares sujeitos à consulta pública através de um portal online, aberto para este fim até dezembro. Louvamos a iniciativa do MEC em cumprir o que estava previsto desde 1996 na Lei de Diretrizes e Bases sobre a elaboração de uma Base Nacional Curricular, metas reafirmadas ainda pelo Plano Nacional de Educação, de 2011, e pelas Diretrizes Curriculares Nacionais Gerais para a Educação Básica, de 2013, dando início à implementação dessa etapa específica do PNE e promovendo um debate em torno da BNCC.

No entanto, a Associação Nacional de História, Seção Rio de Janeiro, encara com perplexidade a forma como esse processo foi encaminhado pelo governo: a súbita composição de uma comissão e assessoria que, no caso da área de História, em apenas três meses – de junho a setembro de 2015 – elaborou uma proposta que se encontra em um franco descompasso com as questões debatidas na historiografia e na formação de professores. E é de suma importância que o documento que propõe o currículo escolar que se tornará obrigatório inclua temas fundamentais para a construção do campo do saber histórico e que são parte da formação do professor de história nas principais universidades. O distanciamento entre as visões que ora são apresentadas no documento preliminar revela o quanto ensino e pesquisa foram dissociados.

Conforme apontado em manifestação divulgada pela Associação Nacional de Pesquisa e Pós-Graduação em Educação (ANPED) acerca da BNCC, a metodologia adotada para a consulta pública pressupõe apenas a indicação de ajustes pontuais no documento preliminar, não admitindo alterações relativas a seus fundamentos. Isso impossibilita um real debate acerca dos aspectos centrais da proposta que estão em desacordo com as posições dos historiadores. Questionamos então se os debates e consultas estariam sendo promovidos apenas para legitimar o documento já elaborado e indagamos qual o potencial de mudanças substantivas que podem ser feitas na proposta a partir da metodologia adotada pela Secretaria de Educação Básica do MEC.

Os problemas esboçados na composição do documento submetido à consulta pública, no que se refere ao componente curricular de História, mostram o descompasso com as pesquisas historiográficas de ponta, ignorando todo o investimento público aplicado nas diversas subáreas dentro da História, tais como editais de pesquisa e programas fomentados pelo governo federal de incentivo à internacionalização do ensino. Nesse cenário, o que a BNCC propõe é uma história nacionalista e que não articula a integração do Brasil aos processos históricos globais. Fica, assim, evidente que os investimentos das agências de fomento em pesquisas nos Programas de Pós-Graduação em História não foram levados em consideração. Isso é extremamente grave, pois estamos lidando aqui com investimentos públicos aplicados em produção de conhecimento que não chegará ao currículo escolar.

Outro aspecto de suma importância: a temporalidade se constitui em eixo central para o conhecimento histórico, o que nos distingue de outros campos do saber. O tempo histórico é o tempo humano, o tempo da espécie humana em seu fazer-se, o Homem se reconhecendo em suas relações sociais. Neste ponto, apesar das boas intenções da proposta do componente de História na BNCC para o rompimento com uma perspectiva eurocêntrica e quadripartite, não há nada novo e realmente significativo no campo da pesquisa na área sendo incorporado ao documento apresentado. Apenas uma inversão dos parâmetros eurocêntricos por um conhecimento histórico com centralidade em uma História do Brasil. Portanto, a dimensão temporal precisa ser reelaborada e colocada enquanto eixo definidor da área, de forma semelhante ao que ocorre com a proposta de Geografia, que definiu o espaço como seu eixo fundamental.

Os estudos da pré e proto-histórias, assim como da Antiguidade e do Medievo – que foram descartados como conteúdos curriculares relevantes - pesquisam as movimentações populacionais entre os continentes, a circulação de ideias e objetos pelo Atlântico, pelo Mediterrâneo, Oceano Índico e até o Mar da China, não podendo ser confundidos com conteúdos eurocêntricos. Constituem campos fundamentais para o estudo de experiências humanas diversas daquelas nas quais os alunos estão inseridos, colocando em perspectiva uma história narrada como processo único e linear. Portanto, não perpetuam visões eurocêntricas, mas ao contrário as combatem. Ao invés de questionar cronologias, o currículo da BNCC traz visões distorcidas do passado, como se toda a história anterior às expansões marítimas modernas não estabelecesse relação com o próprio significado que adquire a América neste cenário. No conteúdo da BNCC, a formação territorial e nacional não se conecta com a história global, como se ideias, pessoas e objetos não circulassem.

Ressalta-se ainda que aspectos ultrapassados na discussão historiográfica, tais como os "ciclos econômicos", reaparecem para se fazer menção à economia colonial brasileira, reafirmando o distanciamento da BNCC com o quadro docente que se forma hoje nas instituições de ensino superior. Além disso, questionamos a centralidade do período colonial na construção da história do Brasil tal como é proposto no documento, demandando, também, melhor elaboração do enfoque sobre o Brasil império e sobre o Brasil contemporâneo, ainda que o tempo presente possa ser destacado, atendendo às demandas da escola.

Ainda chamamos a atenção para um aspecto que está em desacordo com as Diretrizes Curriculares Nacionais: a falta de articulação entre os componentes curriculares. Isso é destacado na proposta quanto aos objetivos do Ensino Fundamental (anos finais) e do Ensino Médio, mas não se encontra nela a articulação interdisciplinar, distanciando áreas que historicamente carregam enormes influências e contribuem para a reflexão umas das outras, tais como geografia, filosofia e sociologia, ou ainda entre conteúdos correlatos, a exemplo da descoberta dos metais e desenvolvimento da metalurgia, que é vista em "Ciências da Natureza" no 7º ano, mas não em História. Pensamos que é urgente e necessária uma revisão da BNCC para que se possa realizar o que ela própria sugere ao organizar os componentes curriculares em Áreas de Conhecimento ("Ciências Humanas", por exemplo). Nesse sentido, a prevalecer a proposta como apresentada, desperdiça-se uma excelente oportunidade para a criação de condições favoráveis para uma verdadeira colaboração entre diferentes campos disciplinares.

Estamos, ademais, diante de uma visão prescritiva e moralizante (e não política) de cidadania, contida na proposta, na qual a resposta que se deseja do aluno já está dada no próprio modo de enunciação dos objetivos de aprendizagem. Se a resposta já está dada, o objetivo não induz à pergunta, à dúvida (pontos de partida da curiosidade e da pesquisa), à reflexão, mas apenas à busca de dados que confirmem o que, de forma apriorística, já foi enunciado como "a" dimensão cidadã. Na mesma direção, ao subdimensionar a importância do passado de outros povos, valorizando-se apenas o passado "brasileiro", o texto da base incorre num sério risco de negar o próprio conhecimento histórico enquanto conhecimento do Humano, impossibilitando a articulação crítica com a construção de outras ideias de cidadania, de política e de formação de identidades, inclusive a própria identidade nacional brasileira. Isso nos coloca o risco de propor para as próximas gerações a construção de uma visão de identidade sem alteridade.

Entender a construção da nacionalidade não pode prescindir da compreensão sobre as dimensões público/privada, o que incide no conhecimento de paradigmas centrais para a formação de aspectos que orientam os nossos princípios de ação em sociedade, orientam os parâmetros éticos que são historicamente construídos. Destaca-se que a ênfase em determinado modelo de nacionalismo proposto na BNCC, cujo objetivo destina-se à "formação do povo brasileiro", é tratada em chave épica, como na historiografia oitocentista. Estamos assim diante de uma ideia bastante limitada de cidadania – e da educação como uma espécie de "paideia" do cidadão -, limitada porque confunde "cidadania" com aprendizado de leis, regras e valores, não propondo a discussão de questões pertinentes na atualidade, como a relação com a mídia e o consumo, por exemplo.

Essa dimensão épica da História do Brasil, na qual só faz sentido o que é extensão da formação brasileira, não nos permite o importante exercício de olhar para o que se perdeu do passado e refletir sobre uma "perda" que não se explica unicamente pelas questões do presente. Daí a importância de ampliar o horizonte da "formação" a partir de "outros" passados, estendendo os horizontes de reflexão crítica sobre perspectivas diversas, entendendo-se o aluno como sujeito histórico na construção da realidade e do conhecimento socialmente produzido.

Por fim, preocupa-nos uma proposta de componente curricular que, conforme apontado pela ANPED, na manifestação a que nos referimos, confunde "conteúdos" com "objetivos de aprendizagem", isto é, submete a lógica do currículo à definição de "descritores" e "parâmetros" que poderão servir antes às avaliações em massa do que a uma efetiva formação integral dos alunos.

Diante da seriedade e complexidade do exposto acima, vimos solicitar que a Associação Nacional de História encaminhe as seguintes solicitações ao Ministério da Educação:

1. Ampliação do prazo de discussão da Base Nacional Comum Curricular e construção de um novo calendário nacional;

2. Solicitação de alteração ou pelo menos de ampliação da equipe de História da BNCC, que deverá contemplar diferentes subáreas de conhecimento da História, garantindo a interface entre a produção acadêmica e o ensino escolar;

3. Consideração da incorporação da ampla experiência acumulada do Pibid, por meio de seus coordenadores e dos professores envolvidos, na elaboração e na agenda de discussão da BNCC;

4. Criação de condições para uma rediscussão ampliada dos fundamentos do componente curricular de História;

5. Estabelecimento de diálogo com outras instituições científicas, em especial das Ciências Humanas, e formulação de um documento comum para encaminhamento ao MEC, acerca da BNCC.

Tais considerações e propostas foram discutidas e definidas por ocasião da Jornada de História sobre a BNCC, promovida pela Anpuh Rio no dia 18 de novembro de 2015 no Arquivo Geral da Cidade do Rio de Janeiro, evento que contou com a participação de professores das seguintes instituições: UFF, UFRJ, UFRRJ, PUC-Rio, UERJ, Fundação Getúlio Vargas, IFRJ, Colégio Pedro II, IUPERJ, Secretaria Municipal de Educação do Rio de Janeiro, Secretaria Estadual de Educação do Rio de Janeiro e Sindicado Estadual dos Profissionais de Educação (Sepe).

Novembro, 2015.
 
 
 
Mônica Martins
Presidente da Associação Nacional de História, Seção Rio de Janeiro
Anpuh-Rio

História da América e a BNCC

 

Quem se debruça sobre o componente de História na BNCC logo perceberá que grande parte da história da humanidade não foi contemplada. A história da Antiguidade, da Idade Média, está ausente. A história da Idade Moderna e da Idade Contemporânea está sub-representada. A Europa moderna aparece em função das "conquistas" da América e da África...

Carta do Prof. Dr. Marcos Caldas sobre a proposta da BNCC

 
 
Caras e caros colegas,
além de tudo o que foi dito, gostaria de pedir a atenção V. Sas. para um fato curricular desta 'Base' , de enorme relevância para entendimento da proposta em sua totalidade. Consta desta 'Base' o componente curricular 'Ensino Religioso' que, consoante a formulação de seus autores, tem em vista "uma melhor compreensão da sociedade e do mundo, no sentido de salvaguardar a liberdade de expressão religiosa e não religiosa"...
 
 
 

Carta de Repúdio à BNCC produzida pelo Fórum dos Profissionais de História Antiga e Medieval

 
 
 
Prezados(as), compartilhamos abaixo a Carta de Repúdio à BNCC produzida pelo Fórum dos Profissionais de História Antiga e Medieval. Solicitamos ampla divulgação.
 
 
 

Carta da Profa. Dra. Martha Abreu sobre a "Carta crítica" da Anpuh-Rio à proposta da BNCC

Caros colegas,
Entendo que documento produzido pela Anpuh seção Rio de Janeiro, e assinado por sua presidenta, Monica Martins, não representa todos os seus associados, nem todos os presentes na referida reunião de 18 de novembro. A postura da carta, rejeitando completamente o documento produzido pelo MEC, não é compartilhada por diversos outros historiadores, pesquisadores e profissionais do ensino de história. Sem dúvida, há muitas críticas e sugestões a serem feitas, mas em diálogo com o documento e com os responsáveis pela proposta do componente curricular de História da BNCC.Também divulgaremos um documento público nas redes sociais, discordando de sua forma, conteúdo e encaminhamento.
Na USP, na sexta feira última, considero que a reunião foi muito esclarecedora e aberta ao diálogo. Na abertura, a professora Hilda Micarello, assessora da Secretaria de Educação Básica do MEC para a elaboração da BNCC, apresentou a proposta geral, que vem sendo trabalhada desde 2013, e os critérios de convocação das equipes de todas as áreas: foram convocados profissionais de variadas partes do país, que atuam na pesquisa do Ensino de sua área específica e possuem experiência em reformulações curriculares realizadas em seus estados. Deixou claro também que o portal está recebendo questionamentos e sugestões (que estão sendo processadas por uma equipe da UNB) e que serão ouvidas todas as associações cientificas, de historiadores e de pesquisadores do ensino de história.
Uma boa notícia é que o documento hoje disponível será revisto pela equipe, depois dessa primeira rodada de críticas e sugestões, e mais uma vez apresentado para debate. Só depois de todas essas rodadas teremos o documento final, que deverá ficar pronto em julho. Como leitores críticos, estavam presentes Maria Helena Capelato, Marieta Morais Ferreira, Marcelo Magalhães (UNIRIO), Helenice Rocha (UERJ), Luis Fernando Cerri (UEPG), Renilson Rosa Ribeiro (UFMT), Arnaldo Pinto (UFSC), Rafael Teixeira (UFG). Para as próximas rodadas serão convocados outros leitores críticos e ouvidas nossas associações.
Entre vários pontos destacados pelos leitores críticos, foi valorizada a ênfase na história da diversidade étnico-racial e cultural da população brasileira, a preocupação com períodos mais recentes da história e a busca por um perfil mais claro para o Ensino Médio. Sem dúvida, foi problematizada a opção pela história do Brasil como eixo central de ensino. Se há dúvidas em relação a esse recorte, há certezas em relação à necessidade de realizarmos opções de contextos históricos. A maior parte dos leitores críticos presentes discorda da visão de que o documento apenas valoriza a história do Brasil, ou indica a construção de uma história ufanista. Em vários momentos do documento são valorizados os nexos e as articulações da história do Brasil com a história local e global, com outras histórias, processos e temporalidades. Claro, todos apontaram que a articulação com o global e com outras temporalidades deve ser mais perseguida e aprofundada, inclusive com história antiga.
Outro aspecto discutido foi a dificuldade de o documento delimitar processos históricos e temporalidades em certas problemáticas e áreas geográficas selecionadas. Sugerimos, com ênfase, a explicitação e a delimitação dos processos históricos, das temporalidades e seus problemas nas séries do ensino fundamental e médio. Recomendamos ainda que sejam ouvidos especialistas em áreas específicas da historiografia.


abraço,

martha abreu.

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CARTA CRÍTICA DA ANPUH-RIO À COMPOSIÇÃO DO COMPONENTE CURRICULAR HISTORIA NA BNCC

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A Base Nacional Comum Curricular foi divulgada pelo Ministério da Educação, através da Secretaria de Educação Básica, em setembro de 2015, apresentando componentes curriculares sujeitos à consulta pública através de um portal online, aberto para este fim até dezembro. Louvamos a iniciativa do MEC em cumprir o que estava previsto desde 1996 na Lei de Diretrizes e Bases ...

Manifesto do GTHA sobre a BNCC

 
 
Em 2016 realizaremos a reunião do GTHA na UFF com a temática "Novas Fronteiras de Pesquisa em Antiguidade no Brasil", entretanto a proposta de currículo de História da Base Nacional Comum Curricular (BNCC) encontra-se na contramão das políticas de ensino governamentais tanto quanto das atuais abordagens de pesquisa e ensino de História e de História Antiga no Brasil e no mundo... 
 
 
 
 

Relato sobre a Jornada de História da Anpuh Rio para discussão da BNCC

A seção Rio de Janeiro da Associação Nacional de História (Anpuh Rio) realizou no dia 18 de novembro, no auditório do Arquivo Geral da Cidade do Rio de Janeiro, a Jornada de História para discussão da Base Nacional Comum Curricular (BNCC).

Relato sobre a Jornada de História da Anpuh Rio para discussão da BNCC

 
 

Programação Base Nacional ComumA seção Rio de Janeiro da Associação Nacional de História (Anpuh Rio) realizou no dia 18 de novembro, no auditório do Arquivo Geral da Cidade do Rio de Janeiro, a Jornada de História para discussão da Base Nacional Comum Curricular (BNCC)...
 
 

Jornada de História. Discussão da BNCC

VEJA A PROGRAMAÇÃO. O evento ocorrerá ente 9 e 17h do dia 18/11/2015 no auditório do Arquivo Geral da Cidade do Rio de Janeiro (AGCRJ). As conclusões serão encaminhadas ao MEC, enquanto sugestões e críticas para a construção da BNCC.

II Jornada de Estudos de Gênero e História

Inscrições abertas para a II Jornada de Estudos de Gênero e História.


II Jornada de Estudos de Gênero e História

Inscrições abertas para a II Jornada de Estudos de Gênero e História.


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